Do
GGN - A Agência Bloomberg, uma das maiores agências financeiras do planeta,
acaba de publicar reportagem crítica sobre as Organizações Globo
(http://migre.me/uQ44H). De autoria do repórter Blake Schmidt, a reportagem
começa lembrando a fortuna da família Marinho, a dimensão da Globo frente a
concorrência e o fato dos Marinhos ocuparem 3 das dez posições do Índice
Bloomberg de Bilionários para o Brasil.
Diz
que a história da Globo se confunde com as trevas do regime militar brasileiro
e esse legado ainda assombra os Marinho. A reportagem cita partidários de Dilma
afirmando que a cobertura de notícias pela Globo ajudou a preparer o processo
de impeachment.
Entrevistado,
o historiador João Braga informa que o “Globo foi um dos grupos empresariais
qiue se beneficiaram da era da ditadura militar”. Diz mais: “Há grupos hoje que
enxergam na Globo nào apenas um adversário de Dilma, mas um agente do golpe”.
A
reportagem menciona a reação contra a Globo nos piquetes e manifestações contra
o impeachment e o lema “o povo não é bobo, abaixo a rede Globo”.
Cita
um artigo do Guardian em abril lembrando o golpe militar e mencionando que a
Globo atua hoje em dia de forma semelhante para agitar para o brasileiro rico.
João Roberto Marinho, presidente do grupo, enviou uma carta para o Guardian,
mas recusou-se a comentar o artigo da Bloomberg.
A
reportagem vai além. Diz que além do império de mídia, a fundação dos Marinhos
também projetou seis museus, “dando à família o domínio na formação da
narrativa histórica e cultural da Nação”.
A
reportagem diz que a Globo é mencionada 40 vezes em um relatório de 229 páginas
publicado em dezembro pela Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, descrevendo
as relações comerciais entre Roberto Marinho e a ditadura. Menciona o
embaixador norte-americano descrevendo-o como o articulador principal do regime
militar.
Diz
que essa relação com os militares permitiu à Globo montar a parceria com a Time-Life,
que aportou US$ 6 milhões entre 1962 e 1966, 30 vezes o capital do grupo
brasileiro na época.
A
reportagem lembra o documentário “O Cidadão Kane” sobre Roberto Marinho,
mostrando os laços do grupo com a ditadura.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/252617/Bloomberg-liga-Globo-ao-golpe-de-2016.htm
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