A
esta altura, nem a mídia consegue disfarçar as evidências de que está em curso
um plano para protelar até o indefinido a cassação do mandato de Eduardo Cunha.
A
Folha, candidamente, registra hoje que…
O
discurso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que haverá quorum
alto na votação do processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
no dia 12 de setembro, uma segunda-feira, contraria a praxe na Casa.
Três
dias para perceber o que todo mundo sabe, mas tudo bem…
A
questão, agora, é o dos vários interesses que se acumpliciam nesta sobrevida:
os do grupo de Cunha, que pretendem que o leve à absolvição e os de Temer e o
dos tucanos, que preferem cozinhar o galo a fazer uma “pizza”.
No
centro disso estão as emendas constitucionais que Temer e os tucanos precisam
emplacar para tirar direito dos aposentados, acabar com as vinculações
orçamentárias para a Educação e a Saúde.
Sem
os votos que Cunha ainda tem, nenhuma chance de alcançar os 308 votos
necessários para sua aprovação.
Mas
Cunha, é claro, tem bons motivos para não entregar logo estes votos, que são
seus trunfos e, portanto, têm hora certa de descarte.
Temer
terá, portanto, de força-lo a jogar na mesa seu apoio ao arrocho e é por isso,
com a bênção do Ministro da Polícia Federal, vai funcionar o Judiciário,
provavelmente com novas pressões sobre a mulher de Cunha que, qualquer pessoa
percebe, é beneficiária do dinheiro da propina, mas não cúmplice – até por falta
de poder para isso – da execução da rapinagem.
Caminha
por aí o jogo imundo da “moralização” da política brasileira.
Um
jogo de ganhgsterismo, que arrastou, com grande prazer, a Justiça e a imprensa
para a sua lógica e para seus interesses comuns.
http://www.tijolaco.com.br/blog/como-explicar-anistia-cunha/
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