Em
entrevista exclusiva ao jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo,
a presidente se mostra otimista com o resultado da votação do impeachment no
Senado e faz planos para a volta ao poder, caso ocorra: "Não vou mais
fazer aquela composição. O presidencialismo de coalizão terminou"; segundo
ela, a tal "governabilidade" não pode ser motivo para impedimento;
sobre a escolha de Michel Temer como vice-presidente, indica que não tinha como
prever sua traição: "Faz parte da traição a pessoa não mostrar suas reais
intenções. Se mostrasse, não seria traidor"; e nega que deveria ter
negociado com Eduardo Cunha na presidência da Câmara para evitar a crise
política; "Não se negocia com o Cunha. Ele tem uma agenda que é dele. Ou
você está de acordo com ele ou não tem acordo", afirma; "Eu cometi
erros, mas não fui insensata", finaliza a presidente
1 de Julho de 2016
247
– A presidente Dilma Rousseff concedeu uma nova entrevista exclusiva nessa
semana, desta vez ao jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. Na
conversa, ela se mostrou otimista com o resultado da votação do impeachment no
Senado, prevista para agosto, apesar de ter clareza da dificuldade de escapar
da condenação no processo, conforme relata o entrevistador.
Imaginando
um cenário favorável, ela faz planos para a volta ao poder: "Não vou mais
fazer aquela composição. O presidencialismo de coalizão terminou".
"Teremos outras formas de relação com a população e o Congresso",
detalhe. Segundo ela, a tal "governabilidade" não pode ser motivo
para impedimento. "O Obama governa sem maioria e ninguém tentou tirá-lo
porque é uma democracia madura", diz. "Aqui teremos também de lidar
com esse fato. Não se trata de minha pessoa".
Sobre
o plebiscito, afirma que "não depende da vontade do presidente e eu não
posso, sozinha, propor algo sem ter o apoio necessário". Questionada sobre
a escolha de Michel Temer como vice-presidente, indica que não tinha como
prever sua traição: "Faz parte da traição a pessoa não mostrar suas reais
intenções. Se mostrasse, não seria traidor".
Dilma
também nega que deveria ter negociado com Eduardo Cunha na presidência da
Câmara para evitar a crise política. "Não se negocia com o Cunha. Ele tem
uma agenda que é dele. Ou você está de acordo com ele ou não tem acordo",
afirma. "Eu cometi erros, mas não fui insensata", atesta.
A
íntegra da entrevista será exibida no próximo domingo 3, às 20h, no programa do
DCM na TVT.
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/241684/Dilma-%E2%80%9CO-presidencialismo-de-coaliz%C3%A3o-terminou%E2%80%9D.htm
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