Os
brasileiros devem se unir e tomar as ruas deste país exigindo o fim do golpe
contra a presidente eleita Dilma Rousseff e a deposição do traidor Temer.
Homens
e mulheres deste país que sonham para seus filhos e netos com um país livre,
onde as liberdades democráticas seja respeitadas, devem seguir o bravo exemplo
deixado pelo povo turco neste final de semana para as nações do mundo inteiro.
Atendendo
ao chamado do presidente Recep Tayyip Erdogan, ao tomar conhecimento do golpe
militar em andamento na Turquia, o povo não pestanejou e mostrou ser sábio e
corajoso. E a democracia venceu.
Fotos
publicadas nos veículos de comunicação de todo o planeta mostram multidões nas
ruas, homens, mulheres e crianças, protestando e resistindo, subindo nos
tanques usados pelos militares golpistas ou se deitando no chão diante deles.
O
ato da ala golpista do Exército turco foi abortado pela reação popular. Nem
mesmo os helicópteros que davam apoio aéreo aos tanques foi suficiente para
desencorajar os patriotas turcos.
Segundo
números da agência RT de notícias, 265 pessoas morreram - entre elas 104
militares que participaram do ato de conspiração contra o governo - e outras
1.440 pessoas foram feridas nos confrontos de rua.
O
primeiro-ministro, Binali Yildirim, informou à imprensa que 20 militares que
lideraram o golpe foram assassinados e 2.839 soldados foram presos pelas forças
leais ao governo por participação na tentativa de golpe.
O
recado aos golpistas dado pelo presidente Erdogan em discurso à população, em
Istambul, na noite de sexta, 15/07, foi claro: "há um governo eleito
aqui". Em entrevista à CNN, ele lembrou ao mundo: "Não devemos ser
confundidos com alguns países da América do Sul ou da África".
É
muito vergonhoso para nós brasileiros ouvirmos isso. Fazemos, na verdade, parte
dos países latino americanos com os quais os turcos não querem ser confundidos:
o Brasil, com o impeachment ilegal de Dilma; o Paraguai com o golpe contra o
presidente Fernando Lugo, em junho de 2012; e Honduras com a deposição ilegal
do presidente Manuel Zelaya, em 2009.
Isso
para nos atermos a fatos recentes e não voltarmos na história às sangrentas
ditaduras militares vividas no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Equador e
outros.
Se
não abortarmos nas ruas o governo interino, ele continuará nos envergonhando e
dando ao mundo razões para nos tratar como uma república das bananas.
O
ministro das Relações Exteriores interino de Temer, José Serra, em pífio
comunicado do Itamaraty sobre a tentativa de golpe na Turquia afirmou que "o governo brasileiro insta
todas as partes a se absterem do recurso à violência e recorda a necessidade de
pleno respeito às instituições e à ordem constitucional".
O
que na prática um golpista como Serra pode falar sobre respeito às instituições
e à ordem constitucional ? É muita hipocrisia.
O
povo turco provou ter consciência da necessidade de luta contra o retrocesso,
provou que se orgulha de fazer parte de um país onde o presidente da República
é eleito democraticamente e seus cidadãos não aceitam que ele seja retirado do
poder por mensageiros do atraso.
No
Brasil, não nos resta outra alternativa.
A cada dia fica mais evidente que o povo brasileiro tem todas as razões do
mundo para se unir contra o golpe midiático, parlamentar, jurídico que
aconteceu aqui, ainda não abortado por não estarmos suficientemente
mobilizados.
No
entanto, brasileiros e brasileiras, ainda há tempo. Claro está que cada um dos
pilares do golpe estão podres e podem cair, se trabalharmos juntos neste
sentido.
O
golpe da grande mídia está provado. Apoiaram o golpe de 1964 e agora fazem
exatamente o mesmo. Mentem, deturpam, omitem com objetivo definido. Não pagam
impostos, estão envolvidos em denúncias de corrupção e definitivamente preferem
no poder um governo que defenda os interesses das elites e não dos
trabalhadores.
O
golpe parlamentar está provado. Nunca houve crime de responsabilidade que
justificasse o impeachment de Dilma Rousseff. Não houve pedalada.
No
Brasil a maioria dos senadores de quem depende a decisão final sobre o
impeachment, em agosto, finge não enxergar mas lá fora o mundo grita em defesa
de Dilma e da garantia da democracia na América Latina.
Um
grupo de 28 senadores e deputados franceses publicou esta semana no jornal Le
Monde uma nota de protesto com críticas da situação do golpe no Brasil que faz
chorar qualquer brasileiro com um mínimo de vergonha na cara.
Afirmam
que o procedimento constitucional de destituição de Dilma, aberto no meio de
dezembro de 2015, antes mesmo do fim do ano fiscal e da análise e validação do
orçamento pelo Tribunal de Contas e pelas duas casas legislativas, caiu por
terra diante de relatórios recentes de ambos apontando que não houve delitos
por parte de Dilma, como ficou também demonstrado no pedido de arquivamento do
Ministério Público Federal sobre as pedaladas fiscais.
Ou
seja, como afirmou esta semana o senador Requião, o motivo do impeachment
acabou.
Os
parlamentares franceses enfatizam que a presidente afastada não está envolvida
em nenhum dos escândalos de corrupção que atingem a classe política,
principalmente o que envolve a
Petrobras, ao contrário de Temer, seus aliados e ministros.
O
documento cita especificamente como inaceitável e absurda a escolha para a
pasta de ministro da Justiça, de Alexandre de Morais, ex advogado do grupo
criminoso e mafioso, PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo.
Os senadores e deputados de vários partidos
resumem bem aquilo que venho repetindo
sempre: o plano dos golpistas é destituir e criminalizar a esquerda brasileira
e destruir as reformas sociais que
permitiram tirar 40 milhões de brasileiros da miséria.
Eles
concluem pedindo que o governo de François Hollande e toda
a comunidade internacional se pronunciem
e condenem o golpe contra a democracia no Brasil alegando que “seria grave para todo o subcontinente que o
maior país da América Latina mergulhe em um impasse político, econômico e
social”.
É
impressionante. Senadores franceses, políticos portugueses e espanhóis ,
intelectuais, historiadores e artistas de todo o mundo enxergam o que a classe política brasileira e
a classe média alta no Brasil faz questão de ignorar. Que se o golpe persiste
vamos mergulhar num caos político, econômico e social.
Ao
comentar a tentativa de golpe militar na Turquia neste sábado, 16/07, a presidente eleita Dilma Rousseff disse que um governo eleito não pode ser
derrubado, nem pela violência, nem por artimanhas jurídicas", e
acrescentou que "no Brasil, o impeachment tem de ser repudiado pois
democracia é preservar a vontade popular".
Este
não é o primeiro, nem será a ultima convocação de Dilma, ao povo brasileiro
para que lute contra o golpe no Brasil, que o mundo denuncia.
O
povo turco mostrou que na história da Turquia não há mais espaços para golpes
contra um presidente eleito democraticamente.
E
nós brasileiros, o que faremos? Vamos deixar Temer e sua turma entregarem nosso
petróleo para a Chevron, submeter os trabalhadores brasileiros a uma jornada de
80 horas, ver nossos aposentados morrerem à míngua sem aumentos, aceitar nossos filhos sem escolas e sem saúde como
garante nossa atual Constituição?
Ou
vamos tomar as ruas e praças deste país, unidos, sem medo, e como o povo turco,
enfrentarmos os golpistas e mandá-los de volta para o único lugar que lhes
cabe: o ostracismo, o lado negro da história.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/chicovigilante/244395/Brasileiros-vamos-seguir-o-exemplo-turco-e-impedir-o-golpe.htm
Um comentário:
Que inveja do povo turco! Brasileiro é teleguiado por essa mídia corrupta e cavilosa, prostituída e subornada com $ roubado dos cofres públicos, manchado de sangue inocente. A tradição aqui é de submissão, puxa-saquismo de patrão. Escola no Brasil está nas mãos da direita, que rouba o que os governos petistas (federal) mandam e até merenda escolar. E pior, SEM PUNIÇÃO! Parece que a maioria dos paulistanos, e sulistas não nasceram com cérebro, parece que têm cabeça somente para separar orelhas. Muito triste!
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