O
Instituto Lula divulgou uma nota do ex-presidente cobrando coerência do
Procurador Geral da República, que disse ontem, irritado, que o Ministério
Público não vaza os inquéritos que estão sob sua responsabilidade.
Como
vazou ontem a manifestação de Janot mandando de volta para Moro o inquérito que
investiga Lula, mas curiosamente, não vazou a defesa a apresentada pelo
ex-presidente, ele cobra coerência entre atos e palavras da PGR.
Leia a nota
do Instituto Lula
Novo
vazamento da PGR contraria discurso de Janot
No
mesmo dia (10/06) em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
condenou e negou publicamente o uso de vazamentos ilegais por parte do
Ministério Público, o ex-presidente Lula foi novamente vítima dessa prática
criminosa.
Quase
simultaneamente à fala do procurador-geral, mais um documento sigiloso assinado
por Janot chegava à TV Globo.
Foi
mais um movimento claramente direcionado a indispor o ex-presidente Lula com a
opinião pública e a constranger o Supremo Tribunal Federal.
Exatamente
o que o chefe maior do Ministério Público condenou em seu discurso aos
procuradores eleitorais.
O
objeto do crime, desta vez, foi a manifestação do PGR no inquérito 4.170,
solicitando sua remessa à vara do juiz Sergio Moro em Curitiba. Trata-se do
inquérito que investiga a suposta “compra de silêncio” do réu Nestor Cerveró –
no qual não há um fiapo de prova contra o ex-presidente Lula.
A
petição do PGR ao Supremo, com base em delação caluniosa, é datada de 23 de
maio e foi rebatida pela defesa do ex-presidente Lula em 27 de maio.
Passadas
duas semanas, a manifestação do procurador Janot foi vazada (ilegalmente,
repita-se) para a Globo, mas não a manifestação da defesa.
O
vazamento de documentos da PGR contra Lula já se tornou sistemático: em 3 maio,
foi a denúncia (infundada) contra o ex-presidente no caso Delcídio do Amaral;
em 18 de maio foram os anexos a essa denúncia, e em 26 de maio a manifestação
do procurador-geral sobre as gravações ilegais de conversas entre Lula e a
presidenta Dilma Rousseff.
O
combate à corrupção e à impunidade – fortemente impulsionados no Brasil pelos
governos Lula e Dilma – não justifica as práticas arbitrárias que estão se
tornando corriqueiras nos tempos recentes.
De
todas essas práticas, uma das mais daninhas ao estado de direito é a
cumplicidade entre setores da imprensa e do Ministério Público, promovendo o
chamado trial by media (julgamento pela imprensa).
O
vazamento de ontem soa como um desafio ao discurso de Rodrigo Janot. O
procurador-geral deveria voltar a público e esclarecer mais um episódio
direcionado contra o ex-presidente Lula.
http://www.tijolaco.com.br/blog/dr-janot-vazar-contra-o-lula-pode-porque-disso-o-gilmar-nao-vai-reclamar/
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