Na
véspera da sessão de horrores da Câmara Federal que deu a largada ao processo
de impeachment de Dilma, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Cláudio Lamachia, aproveitou os holofotes da mídia para apoiar o "golpe
dos corruptos". Numa cena abjeta, que entrará para a história dos
traidores da democracia, ele protocolou um "parecer" favorável ao
afastamento da governante eleita pela maioria dos brasileiros. Houve até
confronto nos corredores do Congresso Nacional e a lambança gerou protestos de
inúmeros advogados e juristas. Agora, porém, a "valente" OAB está em
silêncio diante das denúncias de corrupção contra o "ministério de
notáveis" do Judas Michel Temer.
Em
curto espaço de tempo, três ministros já foram defecados - Romero Jucá
(Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves
(Turismo) - e vários outros estão na linha de tiro. Neste mesmo período, o
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, demonstrou em sua "delação
premiada" que a cúpula do PMDB tramou o impeachment para "estancar a
sangria" das investigações da Operação Lava-Jato, conforme a bombástica
gravação da conversa com Romero Jucá, o "homem-forte" de Michel
Temer. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir a prisão
dos golpistas por "tentativa de obstrução" das apurações. Já a
"valente" OAB permaneceu em silêncio!
Também
neste período recente cresceu a pressão pela cassação e prisão do correntista
suíço Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal e maior artífice do
"golpe dos corruptos". Ele foi afastado do cargo e do mandato pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) e teve a sua cassação referendada, após várias manobras,
pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. A Justiça também determinou o
bloqueio dos seus bens e apreendeu o seu passaporte e o da esposa, Cláudia
Cruz, ex-jornalista da TV Globo. Apesar do quase consenso contra o achacador, a
"valente" OAB também evitou os holofotes da mídia para criticar o
ex-aliado no criminoso processo de impeachment de Dilma.
Até
agora, o máximo que a entidade - que jogou sua história de luta pela democracia
no lixo - fez foi divulgar uma nota de "crítica" aos ministros
interinos mencionados na Lava-Jato. Bastante tímida, ela afirma que a entidade
"poderá" ir à Justiça caso algum citado vire réu, mas faz questão de
realçar que "a OAB torce pelo sucesso do Brasil". Não há qualquer
crítica ao "ministério de notáveis" - corruptos - de Michel Temer.
Contra Dilma, em que não havia qualquer acusação de crime de responsabilidade,
a entidade fez o maior escarcéu, num típico oportunismo midiático. Agora, a
"valentia" da Ordem dos Advogados do Brasil foi para o ralo - junto
com a sua história. Uma lástima!
A lista dos
"notáveis ministros" do Judas Temer
Em
tempo: Para ajudar a OAB a recuperar a sua imagem manchada e aviltada,
publicamos abaixo a relação dos ministros de Michel Temer já citados em
investigações na Justiça. A lista foi elaborada pela insuspeita Folha golpista:
1-
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) - Secretaria de Governo - citado na Lava Jato e em
outras investigações
Aparece
citado em mensagens de Léo Pinheiro, dono da OAS. Geddel diz que as conversas
não mostram irregularidades
2-
José Serra (PSDB-SP) - Relações Exteriores - citado na Lava Jato e em outras
investigações
Foi
listado em planilha de pagamentos da Odebrecht e é alvo de ação que questiona
ajuda financeira a bancos pela gestão FHC. Não se manifestou
Aparece
em planilhas da Odebrecht de supostos financiamentos a políticos
3-
Henrique Alves (PMDB-RN) - Turismo - citado na Lava Jato e em outras
investigações
É
alvo de dois pedidos de inquérito na Lava Jato. Segundo a Procuradoria, atuou
para receber verba desviada da Petrobras em troca de favores para OAS. Ele diz
que todas as doações foram legais
4-
Osmar Terra (PMDB-RS) - Desenvolvimento Social e Agrário - citado na Lava Jato
e em outras investigações
Aparece
em planilhas da Odebrecht de supostos financiamentos a políticos
5-
Raul Jungmann (PPS-PE) - Defesa - citado na Lava Jato e em outras investigações
Aparece
em planilhas da Odebrecht de supostos financiamentos a políticos
6-
Bruno Araújo (PSDB-PE) - Cidades - citado na Lava Jato
Foi
listado em planilha de pagamentos da Odebrecht, mas nega irregularidades
7-
Mendonça Filho (DEM-PE) - Educação - citado na Lava Jato
Foi
listado em planilha de pagamentos da Odebrecht, mas nega irregularidades
8-
Ricardo Barros (PP-PR) - Saúde - citado na Lava Jato
Aparece
em planilhas da Odebrecht de supostos financiamentos a políticos
9-
Blairo Maggi (PP-MT) - Agricultura, Pecuária e Abastecimento - citado em outras
investigações
Foi
citado suposto esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal
em Mato Grosso
10-
Dyogo Oliveira - Planejamento, Desenvolv. e Gestão - citado em outras
investigações (Zelotes)
Investigado
por suposto esquema de vendas de medidas próvisórias e fraude fiscal
11-
Eliseu Padilha (PMDB-RS) - Casa Civil - citado em outras investigações
Aparece
em mensagens de Léo Pinheiro, dono da OAS. Ele nega irregularidades
12-
Helder Barbalho (PMDB-PA) - Integração Nacional - citado em outras
investigações
Foi
alvo de ação de improbidade administrativa na Justiça Federal do Pará
13-
Gilberto Kassab (PSD-SP) - Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações -
citado em outras investigações
É
alvo de duas ações por improbidade e de duas ações penais por fraude em
licitação e ocultação de bens. Diz que sua atuação foi regular
14-
Leonardo Picciani (PMDB-RJ) - Esporte - citado em outras investigações
É
alvo de uma representação por irregularidades na campanha de 2014. Diz que ação
foi indeferida
15-
Ronaldo Nogueira de Oliveira (PTB-RS) - Trabalho - citado em outras
investigações
Eleito
deputado, teve reprovadas as contas referentes à campanha de 2014. Recorreu, e
perdeu
*****
Por
Altamiro Borges
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2016/06/cade-valentia-da-oab-golpista.html?spref=tw
Nenhum comentário:
Postar um comentário