Marcelo
Auler, em seu blog, ataca de frente um tema que, infelizmente, está se tornando
tabu no Brasil.
O
de “criminalizar” qualquer crítica ao excesso e ao arbítrio da Polícia e da
Justiça em defesa da impunidade.
O
processo começou lá atrás, em nome da “violência urbana”.
O
uso de armamento pesado – absolutamente justificável em situações que o exijam,
mas apenas nelas – banalizou-se e passou a ter o sentido de exibição de força
e, pior, de razões incontestáveis e incriticáveis.
A
exibição de “marines” fortemente armados à porta da sede do PT, para cumprir um
mandado de busca que poderia ter sido feito apenas com um “bom dia, temos aqui
um mandado para recolher isso, isso e aquilo” é apenas a transposição para o
mundo da política do que já é feito, sem pudores, com o famoso “pé na porta”
das comunidades pobres.
Poucos
foram os que não se calaram diante disso e o que era “privilégio” das polícias
estaduais, sem contaminar a elite do sistema policial brasileiro, a Polícia
Federal, acabou por atingi-la.
E
contaminá-la.
Infelizmente,
um processo que atinge também parte do Judiciário e do Ministério Público.
Tornou-se
praxe fazer pela força o mesmo que se poderia fazer pela simples ordem.
É
preciso humilhar e expor as pessoas pela prisão ou condução coercitiva.
A
estratégia político-midiática de construir “heróis” parece ter sido a forma mais eficiente de
blindar os vilões.
O
“Japonês da Federal”, condenado, “tornozelado” e ainda badalando como
“subcelebridade” é o maior exemplo desta tragédia que repugna a qualquer pessoa
com o sentido de Justiça.
Não
deixe de ler o post de Auler.
E
ver, espantado, ao tipo de “bravataria” a que se presta o próprio Procurador
Geral da República.
Por
Fernando Brito
http://www.tijolaco.com.br/blog/justica-promove-o-estado-policial-ao-blindar-pf/
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