O
jogo é bruto e é contra o império. Não podemos deixar que o Golpe instalado
aqui no Brasil avance. Não tinha nada a ver com corrupção.
É
só ver o que esta acontecendo. Descaradamente Temer anunciou hoje a abertura do
Pré Sal, o fim do Fundo Soberano e o saque aos cofres do BNDES, com uma mega
pedalada de R$ 100 bi. Com o fim do Fundo Soberano, perde valor o Banco do
Brasil, que pretendem vender. Tirar 100 bi do BNDES vai significar investir 100
bi a menos nas empresas e nos empregos no Brasil.
Com
o Pré Sal aberto, em plena época de baixa cotação do petróleo, já dá pra ver
quem vai ganhar quando o Petróleo voltar a subir.
E
Temer já disse que anunciará na Semana que vem a redução de investimentos em
Educação e Saúde.
Os
maiores economia do MERCOSUL enfraquecidas e com bases militares americanas
instaladas, já dá pra ver no que vai dar.
Lutemos
antes que seja tarde. Aqui no Brasil temos que reverter o Golpe e impedir os
retrocessos e isto só conseguiremos com luta.
Vai matéria
Da Resistência
O
presidente Mauricio Macri enviou na semana passada uma delegação do Ministério
da Defesa aos Estados Unidos para acordar a instalação de uma base
norte-americana em Ushuaia, na Terra do Fogo, e com isso concretizar a retomada
dos vínculos militares entre os dois países.
Por Héctor Bernardo*
A
movimentação corresponde ao pacto em matéria de Defesa selado durante a visita
de Barack Obama no fim de março.
A
expansão militar norte-americana no Cone Sul ao longo dos últimos anos adquiriu
enormes proporções. Pesquisadores como a jornalista e escritora Stella Calloni,
o sociólogo Atílio Boron e a jornalista Telma Luzzani têm denunciado o aumento
destas bases em vários de seus artigos e livros.
O
governo argentino justificou a construção dessa instalação norte-americana dizendo:
“Queremos que a cidade de Ushuaia se converta em uma base logística para apoiar
as tarefas científicas na Antártida”.
O
discurso dos funcionários do governo de Macri é o mesmo que tem permitido que
Washington gere uma rede de bases na América Latina que são cerca de uma
centena. As desculpas são sempre altruístas: ajuda humanitária, apoio ante
catástrofes, combate ao narcotráfico ou respaldo ao desenvolvimento e à
pesquisa científica.
Elsa
Bruzzone, especialista em temas de Geopolítica, Estratégia e Defesa Nacional e
membro do Centro de Militares para a Democracia Argentina (Cemida), assegurou
que Washington utiliza diversas desculpas, entre elas a de ajuda humanitária e
de apoio ante as catástrofes naturais, para instalar bases militares disfarçadas
de bases científicas.
Estas
instalações encobertas sempre são colocadas em zonas onde há recursos naturais
altamente estratégicos: água, terra fértil para produção de alimentos,
minerais, hidrocarbonetos, biodiversidade, assinala Bruzzone.
Além
da que querem estabelecer em Ushuaia, também têm a pretensão de instalar outra
na zona da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai). Continuam com o
velho projeto de instalação na cidade de San Ignacio, ao oeste da província de
Missões.
A
intenção é ter o controle completo do Aquífero Guarani. Algo que já quiseram
fazer em Resistência, no Chaco, no ano de 2012, utilizando a desculpa da ajuda
humanitária.
Mas
a reação da população chaquenha, mais toda a atividade que desenvolvemos a
partir do Cemida, junto com o Ministério de Defesa e a Chancelaria nesse
momento, conseguiu frear esse projeto, recorda a especialista.
Bruzzone
destacou que “o que buscam é fechar o cerco sobre todos os recursos naturais
que temos em nossa América”.
E
ilustra sua afirmação de que assim demonstram as bases militares, cobertas e
encobertas, instaladas na América Central e no Caribe, somadas às que têm na
Colômbia, Peru, Chile e Paraguai, mais a da Otan nas Malvinas e o destacamento
britânico nas Ilhas Geórgias.
Toda
essa rede de complexos militares “fecha o cerco sobre todos os nossos recursos
naturais e reafirma sua presença na Antártida”, alerta a especialista em
geopolítica.
Por
último, assinala que “não devemos esquecer que a Antártida é a maior reserva de
água doce congelada no mundo. Justamente nesse setor é onde Argentina, Chile e
Grã-Bretanha disputam soberania “.
Na
Península Antártica – acrescenta – encontram-se as maiores jazidas de
hidrocarbonetos da região e há minerais altamente estratégicos que são
indispensáveis para a indústria militar e aeroespacial.
Ao
abrir o território argentino – até agora livre desses enclaves – às bases
norte-americanas, o governo de Macri demonstra mais uma vez que suas medidas,
longe de defender os direitos nacionais, se submetem aos interesses da Casa
Branca.
Desse
modo, a cada dia justificam mais que o presidente Barack Obama se sinta tão
satisfeito com a presidência de Macri.
*Analista
político argentino, colaborador da Prensa Latina.
http://www.resistencia.cc/argentina-se-abre-para-instalacao-de-bases-militares-dos-estados-unidos/#sthash.lkqdgJ99.dpuf
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