quarta-feira, 4 de maio de 2016

JANOT REPETE GURGEL E QUER 'EXTINGUIR' LULA SEM PROVAS. Por Walter Santos


A primeira impressão dos leigos ou dos que querem ver o fim do PT e de Lula pode abrigar o entendimento de que o Procurador Geral da República ao pedir abertura de inquérito contra o ex-presidente da Republica se traduz em personagem de coragem ou destemor por tamanha atitude. Mas, em regra posta, o Procurador Rodrigo Janot reproduz a mesma tática de seu ex-colega, Roberto Gurgel que, no Caso Mensalão, pediu a condenação do ex-Ministro José Dirceu, mesmo reconhecendo de viva voz, em  fala sua no plenário do STF, de que não tinha provas concretas, mas ainda assim o considerava Chefe de Quadrilha.

Até hoje nem o MPF nem STF apresentou à sociedade brasileira provas para a condenação de Zé Dirceu limitando-se ao argumento "inventado" da Teoria do Domínio do Fato - o mesmo que Janot quer pregar na história atual de Lula ferindo o primado básico e essencial da Prova.

O ALVO É LULA

Nos autos de agora em que atribui a Lula comandar as articulações em favor do Governo, o Procurador se atém até a diálogos interceptados - o que intui estar abrigando a gravação ilegal divulgada ilegalmente pelo juiz Sergio Moro com exclusividade na Rede Globo (News) - misturando de propósito sua argumentação da ação no STF tratando da nomeação do ex-presidente com o conjunto da Lava Jato, onde Lula não é investigado e inexiste qualquer envolvimento da presidenta Dilma Rousseff.

Ao misturar dados e fatos, ele insere Lula na Lava Jato sem sê-lo parte, posto que o que há de citação é o sitio e o triplex - onde uma coisa nada tem a ver com a outra, mas acaba colocando no mesmo saco ministros do atual e governo anterior como a intuir o conceito de quadrilha- a exemplo da trama arguida por Roberto Gurgel.

MISTURANDO DADOS PARA CONFUNDIR

Rodrigo Janot mistura alhos com bugalhos de forma proposital com visível posicionamento focado exclusivamente na condenação do PT e, em especial,  do ex-presidente Lula para tirá-lo da disputa de 2018.

É fácil de constatar quando ele exclui todos os lideres da Oposição - Aécio Neves, José Serra, FHC, José Agripino, etc, denunciados em Delações, mas preservados pelo MPF,  fazendo-o menor na aplicabilidade de postura Republicana, posto que serve assim a ser uma engrenagem do "grande esquema" para banir o Lula Petismo da cena política.

TRISTE PAPEL DO MPF E DO STF

A sociedade brasileira que apoiou o reforço à atuação do MP na Constituinte de 1988 deve estar-se indagando que "monstro" construiu ao lhe dar condições até de postura policialesca política, na contramão da historia que exige respeito ao Estado Democrático de Direito.

Quando exclui ou trata partidos e lideres políticos de forma discricionária buscando a todo custo punir o PT mas sem atitude plural na relação com a Oposição - em especial o PSDB - o digno Procurador Geral da República não cumpre republicanamente com seu Mister e assim se configura como se fora parte a favor de uns contra outros.

No caso em tela, como fazem alguns ministros do STF abertamente a favor do PSDB, o MPF entra na contra - mão da História a exigir reparos às extravagâncias aonde se meteu a importante instituição.

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/waltersantos/229931/Janot-repete-Gurgel-e-quer-extinguir-Lula-sem-provas.htm


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