A
primeira impressão dos leigos ou dos que querem ver o fim do PT e de Lula pode
abrigar o entendimento de que o Procurador Geral da República ao pedir abertura
de inquérito contra o ex-presidente da Republica se traduz em personagem de
coragem ou destemor por tamanha atitude. Mas, em regra posta, o Procurador
Rodrigo Janot reproduz a mesma tática de seu ex-colega, Roberto Gurgel que, no
Caso Mensalão, pediu a condenação do ex-Ministro José Dirceu, mesmo
reconhecendo de viva voz, em fala sua no
plenário do STF, de que não tinha provas concretas, mas ainda assim o
considerava Chefe de Quadrilha.
Até
hoje nem o MPF nem STF apresentou à sociedade brasileira provas para a
condenação de Zé Dirceu limitando-se ao argumento "inventado" da
Teoria do Domínio do Fato - o mesmo que Janot quer pregar na história atual de
Lula ferindo o primado básico e essencial da Prova.
O ALVO É
LULA
Nos
autos de agora em que atribui a Lula comandar as articulações em favor do
Governo, o Procurador se atém até a diálogos interceptados - o que intui estar
abrigando a gravação ilegal divulgada ilegalmente pelo juiz Sergio Moro com
exclusividade na Rede Globo (News) - misturando de propósito sua argumentação
da ação no STF tratando da nomeação do ex-presidente com o conjunto da Lava
Jato, onde Lula não é investigado e inexiste qualquer envolvimento da
presidenta Dilma Rousseff.
Ao
misturar dados e fatos, ele insere Lula na Lava Jato sem sê-lo parte, posto que
o que há de citação é o sitio e o triplex - onde uma coisa nada tem a ver com a
outra, mas acaba colocando no mesmo saco ministros do atual e governo anterior
como a intuir o conceito de quadrilha- a exemplo da trama arguida por Roberto
Gurgel.
MISTURANDO
DADOS PARA CONFUNDIR
Rodrigo
Janot mistura alhos com bugalhos de forma proposital com visível posicionamento
focado exclusivamente na condenação do PT e, em especial, do ex-presidente Lula para tirá-lo da disputa
de 2018.
É
fácil de constatar quando ele exclui todos os lideres da Oposição - Aécio
Neves, José Serra, FHC, José Agripino, etc, denunciados em Delações, mas
preservados pelo MPF, fazendo-o menor na
aplicabilidade de postura Republicana, posto que serve assim a ser uma
engrenagem do "grande esquema" para banir o Lula Petismo da cena política.
TRISTE
PAPEL DO MPF E DO STF
A
sociedade brasileira que apoiou o reforço à atuação do MP na Constituinte de
1988 deve estar-se indagando que "monstro" construiu ao lhe dar
condições até de postura policialesca política, na contramão da historia que
exige respeito ao Estado Democrático de Direito.
Quando
exclui ou trata partidos e lideres políticos de forma discricionária buscando a
todo custo punir o PT mas sem atitude plural na relação com a Oposição - em
especial o PSDB - o digno Procurador Geral da República não cumpre
republicanamente com seu Mister e assim se configura como se fora parte a favor
de uns contra outros.
No
caso em tela, como fazem alguns ministros do STF abertamente a favor do PSDB, o
MPF entra na contra - mão da História a exigir reparos às extravagâncias aonde
se meteu a importante instituição.
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/waltersantos/229931/Janot-repete-Gurgel-e-quer-extinguir-Lula-sem-provas.htm
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