Se Michel Temer esperava se
livrar de Eduardo Cunha, não rolou…
Na entrevista que deu logo
após a confirmação do seu afastamento pelo STF Eduardo Cunha focou três pontos.
O primeiro, obvio, de que
dar liminar depois de seis meses do pedido é algo que, juridicamente, chega aos
foros do ridículo.
Os fundamentos de cautelar
são, como se sabe, o “periculum in mora” (perigo na demora) e este tanto havia
que, em seis meses, Cunha iniciou e praticamente concluiu o “crime do século”:
a deposição de uma presidente eleita e o “fumus bonis juris” (fumaça do bom
direito), isto é, sinais convincentes de que as acusações procediam. De novo,
aí, os 11 pontos que embasaram a decisão do STF são “velhos conhecidos”, E o
próprio Cunha faz a pergunta mortal: “por que só depois da votação do
impeachment?”
A segunda, “comemorar” a
saída de Dilma Rousseff, provavelmente na quarta-feira próxima, reivindicando a “obra” para si.
Terceiro, falando que é
perseguido pelo PT.
Não duvidem que Cunha vai
continuar tratando de indicações com Temer como se nada tivesse acontecido.
Como é natural, Cunha jogará
no seu terreno preferido, o da penumbra.
Temer precisa dele para
aprovar a batelada de projetos de lei e emendas constitucionais que enviará nos
primeiros dias de seu governo de usurpação.
E Cunha, como Paulo Preto a
Serra, vai começar de forma mais suave a cobrança de que “não se abandona um
amigo na beira da estrada”.
Enquanto prepara o vazamento
das gotas de maldade.
http://www.tijolaco.com.br/blog/cunha-ironiza-cassacao-pos-impeachment-bate-em-dilma-e-nao-desgruda-de-temer/
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