Símbolo da predadora direita
latino-americana
Uma tragédia nacional:
Janaína no Senado
Uma das tragédias de
situações como a que o Brasil vive é ver nulidades como Janaína Paschoal ser
alvo de torrenciais holofotes.
Não foi fácil suportá-la no
Senado hoje, na comissão que discute o impeachment.
Num momento de
autoempolgação, Janaína traiu sua confusão mental e seu antipetismo delirante.
Ela disse aos senadores que, se eles não tirarem Dilma, teremos dezesseis anos
de PT no poder.
Ela completou essa frase
dizendo que, ao contrário dos petistas, é “democrata”.
No Planeta Janaína, não é o
povo que escolhe quem deve ficar ou não no poder. São eles, os senadores.
Há pouco mais de um ano, 54
milhões de brasileiros deram nas urnas a Dilma um segundo mandato, mas para
Janaína isso não é democracia, pelo visto.
Como todo megalomaníaco,
Janaína não se limita a falar do assunto que está em discussão. No Senado, ela
deu um jeito de atacar a “ditadura” venezuelana.
É uma das frases feitas da
direita brasileira, um clichê cínico e obtuso. Chávez primeiro e depois Maduro
se submeteram às urnas repetidas vezes em eleições verificadas e aprovadas por
observadores internacionais do calibre de Jimmy Carter.
Ditadura?
Ela citou, em tom fúnebre,
Leopoldo Lopez como uma vítima do governo venezuelano. Ora, Lopez, um fanático
de direita apoiado pelos Estados Unidos, incitou manifestações pela derrubada
de Maduro das quais resultaram a morte de dezenas de pessoas.
Lopez e Janaína pertencem a
um mesmo grupo: o de extremistas de direita da América Latina dedicados a
buscar por meios escusos o que não conseguem pelos votos populares.
São símbolos de uma
plutocracia predadora, gananciosa, desonesta – responsável pela desigualdade
social indecente que marca a região.
Por conta de gente como
Janaína, corremos um enorme risco de nos transformar numa imensa Venezuela. Ou
alguém acha que não haverá reação, e forte, ao golpe?
Dias atrás, o homem mais
rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, disse que com desigualdade os brasileiros
jamais terão estabilidade política. E citou as virtudes de sociedades
igualitárias, como a Suíça, onde todos frequentam as mesmas escolas e vão aos
mesmos hospitais.
Somos o oposto disso por
causa de pessoas como Janaína Paschoal.
Ela adora falar em
patriotismo, mas não foi o idealismo que a levou a elaborar o pedido de
impeachment. Ela recebeu 45 mil reais do PSDB para montar o parecer que seria a
base do golpe.
Janaína estaria na merecida
obscuridade não fosse o gesto de vingança de Eduardo Cunha ao aceitar o pedido
de impeachment de que ela é coautora porque o PT não o blindou diante de seus
múltiplos atos de corrupção.
É uma desgraça que uma
pessoa como ela tenha sido colocada numa posição-chave para a supressão, por um
golpe, de 54 milhões de votos.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/janaina-paschoal-simboliza-a-plutocracia-predadora-brasileira-por-paulo-nogueira/
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