DITADURA
NUNCA MAIS
Corrupção
na construção da usina de Itaipu pode ter motivado a morte do embaixador José
Jobim
Publicado
por Fernando do Valle - 04/12/2014
O
Instituto João Goulart encaminhou no final de novembro denúncia ao Ministério
Público Federal do Rio de Janeiro sobre a suspeita de que o embaixador José
Jobim foi assassinado por agentes da ditadura militar em março de 1979. Poucos
meses antes de sua morte, o embaixador declarou para políticos em Brasília que
escrevia suas memórias em que denunciaria o esquema de corrupção na construção
da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
José
Jobim foi sequestrado em frente à sua casa em 22 de março de 1979. Dois dias
depois, seu corpo foi encontrado no bairro do Cosme Velho, na cidade do Rio de
Janeiro. Segundo a investigação do delegado Rui Dourado, Jobim se enforcou com
uma corda. A hipótese é refutada pela filha do embaixador, a advogada Lygia
Jobim, que busca a verdade sobre a morte do pai há 35 anos.
O
documentário Itaipu, a quem interessa e escuridão? fornece mais informações
sobre o possível assassinato do embaixador:
(...)
Por
pressão do governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, as investigações sobre
a morte de José Jobim foram reabertas em 1983. A promotora Telma Musse Diuana
foi designada para cuidar do caso e solicitou novas investigações à polícia,
baseando-se na “dubiedade do laudo que concluiu pelo suicídio”. Um inquérito
foi finalmente instaurado, o qual considerou os fatores da morte do embaixador
“todos incompatíveis com a hipótese adotada pelos legistas oficiais”. O
processo acabou arquivado em 1985, sendo a morte de Jobim qualificada de
“homicídio por autor desconhecido”.
Leia
mais e assista ao vídeo com o depoimento de Lygia Maria Jobim, filha do
embaixador José Jobim, fartamente ilustrado com documentos e trechos de
reportagens de telejornais da época.
Fernando
Soares Campos
Dedico
esta publicação ao meu amigo embaixador Arnaldo Carrilho, in memoriam
***
Zonacurva
AQUI:
http://zonacurva.com.br/corrupcao-na-construcao-da-usina-d…/
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