A rede estadual de saúde de
São Paulo irá realizar testes com a fosfoetanolamina sintética, substância que
seria capaz de curar o câncer. De acordo com o secretário estadual da Saúde,
David Uip, até mil pacientes participarão das pesquisas.
A fórmula ainda não foi
testada em humanos e não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária para ser distribuída como um medicamento comum, mas ações na Justiça
tem feito com que o Instituto de Química da USP distribuísse a substância.
Recentemente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que vai
destinar R$ 10 milhões para pesquisas com a fosfoetanolamina em um período de 2
anos.
Do UOL
Hospitais de SP vão testar
'pílula do câncer' em mil pacientes
Os testes para comprovar a
eficácia da fosfoetanolamina sintética, substância que teria suposta capacidade
de curar o câncer, devem ser realizados em cinco hospitais da rede estadual de
São Paulo, com a participação de até 1 mil pacientes na pesquisa, segundo o
secretário estadual da Saúde, David Uip.
Os detalhes sobre o
trabalho, que será encabeçado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
(Icesp), foram apresentados após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar
que ofereceria a rede hospitalar e os laboratórios do Estado para a realização
de testes clínicos.
"A decisão é que vamos
fazer um trabalho multicêntrico envolvendo centros e hospitais de oncologia que
tenham expertise em pesquisa clínica. Pesquisadores estão desenhando esse
trabalho que será apresentado nas comissões de ética dos hospitais
selecionados. Quando aprovado, começará a pesquisa", explica Uip. Além do
Icesp, está prevista a participação do Hospital do Câncer de Jaú.
Autorização
O secretário informou que,
paralelamente à elaboração dos padrões da pesquisa, será solicitada a
autorização do responsável pela substância, o professor aposentado Gilberto
Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São
Carlos, e da própria universidade, pois a droga é patenteada.
O número de pessoas que
devem participar dos testes também já foi estabelecido, de acordo com Uip, mas
os critérios de escolha ainda não foram definidos. "Os critérios de
inclusão e exclusão serão feitos dentro do desenho que ainda não está pronto. A
ideia inicial é de que vários braços (da doença) serão pesquisados, como câncer
de pulmão, de bexiga, leucemia. Provavelmente, serão sete braços", afirmou
o secretário.
Uip não detalhou o pedido
que o governador fará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por
uma autorização especial para que alguns pacientes façam uso da substância
antes da realização dos testes. "Ainda temos de estudar como fazer. Vou
conversar com o governador. É um detalhe técnico. Temos de saber como será,
porque o uso é individualizado, analisado paciente por paciente", disse.
A fórmula ainda não foi
testada em humanos e não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária para ser distribuída como um medicamento comum. Uip disse que o
objetivo do Estado é oferecer suporte para a realização da pesquisa. "Sou
professor de Medicina e pesquisador. Então, defendo a pesquisa clínica. Vamos
fazer uma pesquisa nos moldes daquilo que há de mais refinado na área",
concluiu.
Jorge André Irion Jobim.
Advogado de Santa Maria, RS
Fonte: Jornal GGN
http://jornalggn.com.br/noticia/hospitais-paulistas-vao-testar-fosfoetanolamina-em-pacientes#.VleEbWwMg_E.twitter
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