Nos anos 60, quando comecei a tocar guitarra, minhas influências eram George Harrison dos Beatles e B.B King. George desfiava solos simples, mas marcantes. Muitas das canções dos Beatles não teriam a mesma beleza sem a criatividade daquela guitarra mágica e todos nós tentávamos imitá-lo. Morreu cedo, deixando um legado riquíssimo sob a forma de solos e canções.
Já em relação a B.B.King, eu naturalmente o achava inatingível, eis que ele parecia transferir a alma para cada nota que tocava. Uma espécie de rei (fazendo jus ao nome) que todas as gerações do blues e do rock reverenciaram e em cuja fonte todos beberam.
Infelizmente, aos 89 anos acaba de morrer aquele que fazia da guitarra uma extensão do seu corpo e de sua alma. Tristeza no planeta que teve o privilégio de ouvi-lo durante todo este tempo e certamente hoje é dia de festa e muito blues em qualquer outra dimensão em que ele se encontre agora.
Jorge André Irion Jobim.
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