Da Agência Brasil de Fato
Movimentos sociais lançam um manifesto em apoio ao processo bolivariano na Venezuela frente aos sucessivos ataques da mídia e de setores conservadores ao processo revolucionário em curso no país.
De acordo com o manifesto, “as forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos interesses do capital dos Estados Unidos, como agora perderam o poder político em muitos países, se articulam então através do controle que têm dos meios de comunicação”.
A iniciativa busca manifestar a solidariedade ao povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais que ocorre no país. “Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação de massa em todos nossos países, para livrar nossos povos da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar nossa economia e nossas riquezas”, afirma o documento.
O manifesto será entregue em todas as embaixadas e consulados venezuelanos nesta quarta-feira (02). Haverá também manifestações para divulgação nas representações diplomáticas de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Também serão realizados atos em Aracaju (SE) e Salvador (BA).
Aqueles que apóiam o processo bolivariano na Venezuela podem aderir ao manifesto através do e-mail: solidariedadelatina@gmail.com.
ÍNTEGRA DO DOCUMENTO
MANIFESTO DE APOIO AO PROCESSO BOLIVARIANO NA VENEZUELA
Brasil, 2 de fevereiro de 2011.
Ao povo da Venezuela,
Ao Governo do Presidente Hugo Chavez,
Aos movimentos sociais da Venezuela.
Estimados companheiros e companheiras,
Há doze anos o povo venezuelano decidiu mudar o rumo da história de seu país, romper com a longa noite neoliberal e décadas de exploração de uma oligarquia que se locupletava com os recursos do petróleo, sem nada beneficiar o povo.
O povo venezuelano pagou o preço da pobreza e das desigualdades sociais.
No dia dois de fevereiro de 1999, resultado de muitas mobilizações populares e de um massacre em Caracas que custou a vida de milhares de cidadãos, finalmente tivemos uma eleição democratica e o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu a Presidência da Venezuela com o compromisso de refundar o país por meio de um processo de transformação social baseado na participação popular e no resgate do papel do Estado como gestor de políticas públicas em pró da maioria da população.
A partir de então, iniciou-se um programa que erradicou o analfabetismo, universalizou o sistema de saude pública, garantiu acesso à universidade aos jovens e iniciou a democratização da propriedade da terra no campo e na cidade. Um novo projeto econômico de desenvolvimento nacional passou a ser construído baseado na utilização dos recursos do petróleo para resolver os problemas fundamentais do povo, como: emprego, moradia, educação, saude, terra e acesso a energia. E o governo assumiu a vocação internacionalista do pensamento de Simon Bolívar e estimulou a integração com outros países e povos da America Latina, contribuindo para processos regionais como o projeto ALBA, entre outros.
Seguindo as regras da democracia representativa, o presidente Chávez e seu projeto de governo realizaram nesse periodo 15 processos eleitorais, sendo vitoriosos em 14, e assumindo publicamente a autocritica da derrota de 2008, como uma lição popular. Mesmo assim, as empresas transnacionais, as classes dominantes locais e os interesses econômicos e militares do império dos Estados unidos não se conformam com a perda do controle do petróleo Venezuelano e com a perda do poder político. Por isso, durante esses anos todos, têm organizado uma campanha permanente, sistemática, para desqualificar o processo bolivariano, agredindo o povo venezuelano e a seu presidente, como nunca aconteceu antes na historia do país. Usando todas as armadas possiveis, desde a tentativa de golpe de Estado, sabotagens e manipulações midiáticas. E ainda ousam denunciar de que não há liberdade de imprensa na Venezuela.
Essas forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos interesses do capital dos Estados Unidos, como agora perderam o poder político em muitos países, se articulam então através do controle que têm dos meios de comunicação. E usam os meios de comunicação de massa como sua arma permanente para mentir, manipular e atacar. Isso vem ocorrendo não só na Venezuela, mas também no Brasil, na Argentina e em todos os países da America Latina.
No ano de bicentenário da Independência política de vários países da América Latina, reiteramos que apesar da campanha de ódio orquestrada a partir dos meios massivos de comunicação contra a Venezuela, nosso compromisso de realizar todos os esforços para construir a verdadeira integração de nossos povos, e apoiar o exemplo do povo venezuelano, que inspirados em Simom Bolivar, General Abreu e Lima, Jose Martí, Che Guevara, e tantos outros, nos acena para a necessidade de nos unirmos na América Latina, para juntos nos ajudarmos a resolver os problemas fundamentais de nosso povo.
Por confiar no caráter popular e democrático da revolução bolivariana, por defender o direito soberano do povo venezuelano e de todos os povos do mundo a decidir seu destino, sem ingerência do capital e das forças do império, por considerar de fundamental importância o processo de integração regional que vem sendo impulsado na America Latina nos últimos dez anos, e que se concretiza, atraves da Unasul, do CELAEC e de um projeto de integração popular da ALBA, saímos a público para manifestar nossa solidariedade com o povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais em curso naquele país.
Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação de massa em todos nossos países, para livrar nossos povos da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar nossa economia e nossas riquezas.
Os povos da América Latina precisam caminhar com suas próprias pernas, trilhando um mesmo caminho, de soberania política, econômica, de controle de seus recursos naturais, para construir sociedades justas, democráticas e igualitárias.
Atenciosamente, (nome)
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Movimentos sociais lançam um manifesto em apoio ao processo bolivariano na Venezuela frente aos sucessivos ataques da mídia e de setores conservadores ao processo revolucionário em curso no país.
De acordo com o manifesto, “as forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos interesses do capital dos Estados Unidos, como agora perderam o poder político em muitos países, se articulam então através do controle que têm dos meios de comunicação”.
A iniciativa busca manifestar a solidariedade ao povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais que ocorre no país. “Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação de massa em todos nossos países, para livrar nossos povos da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar nossa economia e nossas riquezas”, afirma o documento.
O manifesto será entregue em todas as embaixadas e consulados venezuelanos nesta quarta-feira (02). Haverá também manifestações para divulgação nas representações diplomáticas de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Também serão realizados atos em Aracaju (SE) e Salvador (BA).
Aqueles que apóiam o processo bolivariano na Venezuela podem aderir ao manifesto através do e-mail: solidariedadelatina@gmail.com.
ÍNTEGRA DO DOCUMENTO
MANIFESTO DE APOIO AO PROCESSO BOLIVARIANO NA VENEZUELA
Brasil, 2 de fevereiro de 2011.
Ao povo da Venezuela,
Ao Governo do Presidente Hugo Chavez,
Aos movimentos sociais da Venezuela.
Estimados companheiros e companheiras,
Há doze anos o povo venezuelano decidiu mudar o rumo da história de seu país, romper com a longa noite neoliberal e décadas de exploração de uma oligarquia que se locupletava com os recursos do petróleo, sem nada beneficiar o povo.
O povo venezuelano pagou o preço da pobreza e das desigualdades sociais.
No dia dois de fevereiro de 1999, resultado de muitas mobilizações populares e de um massacre em Caracas que custou a vida de milhares de cidadãos, finalmente tivemos uma eleição democratica e o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu a Presidência da Venezuela com o compromisso de refundar o país por meio de um processo de transformação social baseado na participação popular e no resgate do papel do Estado como gestor de políticas públicas em pró da maioria da população.
A partir de então, iniciou-se um programa que erradicou o analfabetismo, universalizou o sistema de saude pública, garantiu acesso à universidade aos jovens e iniciou a democratização da propriedade da terra no campo e na cidade. Um novo projeto econômico de desenvolvimento nacional passou a ser construído baseado na utilização dos recursos do petróleo para resolver os problemas fundamentais do povo, como: emprego, moradia, educação, saude, terra e acesso a energia. E o governo assumiu a vocação internacionalista do pensamento de Simon Bolívar e estimulou a integração com outros países e povos da America Latina, contribuindo para processos regionais como o projeto ALBA, entre outros.
Seguindo as regras da democracia representativa, o presidente Chávez e seu projeto de governo realizaram nesse periodo 15 processos eleitorais, sendo vitoriosos em 14, e assumindo publicamente a autocritica da derrota de 2008, como uma lição popular. Mesmo assim, as empresas transnacionais, as classes dominantes locais e os interesses econômicos e militares do império dos Estados unidos não se conformam com a perda do controle do petróleo Venezuelano e com a perda do poder político. Por isso, durante esses anos todos, têm organizado uma campanha permanente, sistemática, para desqualificar o processo bolivariano, agredindo o povo venezuelano e a seu presidente, como nunca aconteceu antes na historia do país. Usando todas as armadas possiveis, desde a tentativa de golpe de Estado, sabotagens e manipulações midiáticas. E ainda ousam denunciar de que não há liberdade de imprensa na Venezuela.
Essas forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos interesses do capital dos Estados Unidos, como agora perderam o poder político em muitos países, se articulam então através do controle que têm dos meios de comunicação. E usam os meios de comunicação de massa como sua arma permanente para mentir, manipular e atacar. Isso vem ocorrendo não só na Venezuela, mas também no Brasil, na Argentina e em todos os países da America Latina.
No ano de bicentenário da Independência política de vários países da América Latina, reiteramos que apesar da campanha de ódio orquestrada a partir dos meios massivos de comunicação contra a Venezuela, nosso compromisso de realizar todos os esforços para construir a verdadeira integração de nossos povos, e apoiar o exemplo do povo venezuelano, que inspirados em Simom Bolivar, General Abreu e Lima, Jose Martí, Che Guevara, e tantos outros, nos acena para a necessidade de nos unirmos na América Latina, para juntos nos ajudarmos a resolver os problemas fundamentais de nosso povo.
Por confiar no caráter popular e democrático da revolução bolivariana, por defender o direito soberano do povo venezuelano e de todos os povos do mundo a decidir seu destino, sem ingerência do capital e das forças do império, por considerar de fundamental importância o processo de integração regional que vem sendo impulsado na America Latina nos últimos dez anos, e que se concretiza, atraves da Unasul, do CELAEC e de um projeto de integração popular da ALBA, saímos a público para manifestar nossa solidariedade com o povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais em curso naquele país.
Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação de massa em todos nossos países, para livrar nossos povos da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar nossa economia e nossas riquezas.
Os povos da América Latina precisam caminhar com suas próprias pernas, trilhando um mesmo caminho, de soberania política, econômica, de controle de seus recursos naturais, para construir sociedades justas, democráticas e igualitárias.
Atenciosamente, (nome)
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
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