Realmente,
do alto dos meus 71 anos, posso confirmar que estudar e vivenciar a história
possuem cargas emocionais totalmente diferentes.
Eu
que, aos nove anos, levado pelas mãos de meu pai, presenciei o Movimento pela
Legalidade promovido por Leonel Brizola no longínquo ano de 1961, atravessei a
dureza de uma ditadura militar que se prolongou por mais de duas décadas,
período durante o qual sucumbiram vários amigos meus que faziam política
estudantil ou foram músicos comigo e, posteriormente, já advogado, tive que
assistir as farsas do Mensalão e da Lava Jato, nódoas que mancharam e desprestigiaram
o poder judiciário de maneira irreversível, passando ainda pelo turbulento
período do golpe político/jurídico/midiático levado a efeito contra a ex-Presidenta
Dilma sem crime de responsabilidade e depois a prisão injusta do ex-Presidente
LULA para retirá-lo das eleições de 2018, sem um adminículo probatório sequer
que desse sustentação minimamente razoável à sua condenação, finalizando com a
nova Era das Trevas trazidas pelos quatro anos de desgoverno vergonhoso do
inominável, posso afirmar: ESTUDAR E
VIVENCIAR A HISTÓRIA, SÃO COISAS BEM DIFERENTES.
Felizmente,
temos a possibilidade de não nos conformarmos e lutarmos para vencer os
obstáculos que cada momento histórico nos oferece e, ao final de cada
tempestade, divisarmos a luz do sol da esperança brilhar novamente e jogarmos
na lata de lixo da história os entulhos que nos atormentaram.
E
o momento hoje é de alegria pela esperança de reconstrução de nossas utopias que
nos traz a eleição de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA para Presidente do Brasil.
Jorge André Irion Jobim
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