Formandos
do Instituto Rio Branco, escola diplomática do Brasil, elegeram José Jobim,
embaixador morto pela ditadura, como símbolo da turma. Segundo a jornalista
Lygia Jobim, filha dele, "uma declaração explícita de que não compactuam
com o negacionismo e com a corrupção nem concordam que o nosso país se sujeite
a ser um pária na comunidade internacional"
Em
sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, a jornalista Lygia Jobim cita
a iniciativa de formandos do Instituto Rio Branco, escola diplomática do
Brasil, que elegeram José Jobim, embaixador morto pela ditadura, como símbolo
da turma.
"A
escolha que fizeram do nome de meu pai, embaixador José Jobim, torturado até a
morte pela ditadura militar que durante 25 anos manchou de sangue o chão do
nosso país, para patrono da turma à qual para sempre pertencerão é uma
declaração explícita de que não compactuam com o negacionismo e com a corrupção
nem concordam que o nosso país se sujeite a ser um pária na comunidade
internacional", diz ela.
"Lamento
que tenham que começar a carreira tendo na Presidência uma figura tão nefasta
quanto Jair Messias Bolsonaro. Mas vocês têm uma vida pela frente e verão dias
melhores. Nunca se esqueçam de que, por pior que seja o presidente, defendem e
representam o Brasil, não o governo", continua.
Não
percam nunca a humanidade. Não se dobrem. Não abandonem nunca a dignidade que
demonstraram ter ao defender com firmeza a escolha do patrono da turma. Ela
vale muito mais que uma promoção ou uma remoção".
https://www.brasil247.com/midia/lygia-jobim-escolha-do-meu-pai-como-patrono-de-diplomatas-mostra-pais-que-nao-quer-ser-paria?fbclid=IwAR2aKT8xFWockdOiX9sQ9a2M6PxHd5BZrE-PBGUQdouCrwGVRj71myuEvrg
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