segunda-feira, 6 de setembro de 2021

LYGIA JOBIM: ESCOLHA DO MEU PAI COMO PATRONO DE DIPLOMATAS MOSTRA PAÍS QUE NÃO QUER SER PÁRIA


Formandos do Instituto Rio Branco, escola diplomática do Brasil, elegeram José Jobim, embaixador morto pela ditadura, como símbolo da turma. Segundo a jornalista Lygia Jobim, filha dele, "uma declaração explícita de que não compactuam com o negacionismo e com a corrupção nem concordam que o nosso país se sujeite a ser um pária na comunidade internacional"
 
Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, a jornalista Lygia Jobim cita a iniciativa de formandos do Instituto Rio Branco, escola diplomática do Brasil, que elegeram José Jobim, embaixador morto pela ditadura, como símbolo da turma.
 
"​A escolha que fizeram do nome de meu pai, embaixador José Jobim, torturado até a morte pela ditadura militar que durante 25 anos manchou de sangue o chão do nosso país, para patrono da turma à qual para sempre pertencerão é uma declaração explícita de que não compactuam com o negacionismo e com a corrupção nem concordam que o nosso país se sujeite a ser um pária na comunidade internacional", diz ela.
 
​"Lamento que tenham que começar a carreira tendo na Presidência uma figura tão nefasta quanto Jair Messias Bolsonaro. Mas vocês têm uma vida pela frente e verão dias melhores. Nunca se esqueçam de que, por pior que seja o presidente, defendem e representam o Brasil, não o governo", continua.
 
Não percam nunca a humanidade. Não se dobrem. Não abandonem nunca a dignidade que demonstraram ter ao defender com firmeza a escolha do patrono da turma. Ela vale muito mais que uma promoção ou uma remoção".
 
https://www.brasil247.com/midia/lygia-jobim-escolha-do-meu-pai-como-patrono-de-diplomatas-mostra-pais-que-nao-quer-ser-paria?fbclid=IwAR2aKT8xFWockdOiX9sQ9a2M6PxHd5BZrE-PBGUQdouCrwGVRj71myuEvrg

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