Essa
é pra quem diz que a Ditadura só matou “vagabundo” e “comunista”.
Alfeu
Monteiro, desde 1961, era tenente-coronel e compunha o efetivo do Quartel
General da 5ª Zona Aérea, da FAB, situado em Canoas, estado do Rio Grande do
Sul.
O
militar participou ativamente da campanha da Legalidade, encabeçada por Leonel
Brizola, que assegurou a posse do presidente eleito João Goulart, contestada,
na ocasião, pelos ministros militares.
Liderando
oficiais e sargentos, Alfeu impediu que os aviões da base levantassem voo para
bombardear a cidade de Porto Alegre, onde o Governador Brizola comandava a
resistência.
O
ato foi considerado como desobediência ao Estado Maior das forças armadas.
Quando
o golpe militar de 1964 foi desencadeado, os militares foram atrás de Alfeu e o
executaram a tiros, como forma de vingança e castigo pela desobediência de anos
passados.
No
mesmo mês do assassinato, foi forjado um processo que absolveu o executor , imputando-lhe
legítima defesa. O poder judiciário reconheceu anos depois que o inquérito,
processo e julgamento foram fraudados, mas a lei da anistia garantiu a
liberdade ao assassino de Alfeu.
O
Coronel da Aeronáutica se recusou a bombardear Porto Alegre, pois não achava
certo matar pessoas da própria nação, apenas porque os militares não
concordavam com a tomada de posse de Joao Goulart, que inclusive estava
garantida em lei.
Alfeu
morreu por respeitar as leis e se recusar a derramar sangue inocente.
Referências:
https://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/168?fbclid=IwAR11RzJ0IC0K_5A-0ftyvzvQmT1i-NR8Nnjixq7HPruH_e8f4AmH2IZJ0nY
http://memoriasdaditadura.org.br/memorial/alfeu-de-alcantara-monteiro/?fbclid=IwAR06dyqva3WvGEc2PxS9OoH-o4sonriRv4HmPzmV6eY_eES1ABs8AweNlR4
https://g1.globo.com/google/amp/rs/rio-grande-do-sul/noticia/morte-de-coronel-em-canoas-durante-a-ditadura-e-reconhecida-como-crime-politico-e-ideologico.ghtml?fbclid=IwAR0PJw9VQrDBrBFI5fW7veZcgjo5mSvFbsl8_-SGHZQ2khuaDYpIOqRORso
https://iconografiadahistoria.com.br/2021/02/20/conheca-a-historia-do-coronel-alfeu-de-alcantara-a-primeira-vitima-da-ditadura-militar/
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