A chegada do verão estimula a preocupação com a saúde e a
boa forma física. Mas em Salvador, ensolarada de janeiro a janeiro, nem o
inverno é motivo para não se exercitar. Para quem não quer gastar dinheiro ou
não gosta da rotina das academias de ginástica, uma boa opção para driblar o
sedentarismo ou manter a forma são as academias ao ar livre, espalhadas por
vários pontos da cidade. A vantagem é que os equipamentos ficam em praças e
locais públicos e seu uso é inteiramente gratuito.
Os aparelhos, que incluem simuladores de caminhada,
cavalgada e esqui, permitem realizar exercícios que ajudam no condicionamento
físico, na boa forma e na promoção do equilíbrio físico e emocional. O
professor de Educação Física Victor Rocha, do Núcleo de Apoio à Saúde da
Família (NASF) da Prefeitura de Salinas da Margarida explica: “A prática de
atividades físicas, de modo geral, traz inúmeros benefícios. Entre eles,
melhora da integração e relações sociais, fortalecimento dos músculos e
articulações, melhora das capacidades físicas e consciência corporal, e
diminuição do risco de doenças cardíacas e coronárias”. As academias ao ar
livre, segundo o educador, trazem ainda outras vantagens, como a gratuidade e
facilidade de acesso, além da “eficiência e diversidade das modalidades dos
equipamentos, podendo trabalhar de forma multiarticular a maioria dos músculos
do nosso corpo”, afirma.
Mas, antes de calçar os tênis e correr para a praça mais
próxima, fique atento às dicas do profissional: é importante realizar o
alongamento dos músculos que serão utilizados, além dos cuidados especiais em
atividades ao ar livre, principalmente quanto à exposição ao sol e calor.
“Devemos evitar, preferencialmente, o período das 10h00 às 16h00; usar roupas
confortáveis e leves, que possam proteger a maior parte do nosso corpo dessa
exposição; usar protetor solar; e hidratar-se bastante durante a prática”,
ensina. Já, nos períodos frios ou chuvosos, é importante atentar para pisos e
equipamentos molhados e escorregadios. Além disso, segundo os manuais de uso
destas academias, os aparelhos não são indicados para menores de doze anos.
Para quem está acima dos 60 anos, o uso é indicado, sempre
tomando os mesmos cuidados. Victor explica que os exercícios, “além de combater
o sedentarismo e ajudar na promoção da saúde desta população, ajudam também na
melhoria das limitações advindas da idade, melhorando a mobilidade, resistência
e reduzindo o risco de doenças”.
O professor pontua que as academias ao ar livre
representam a democratização das atividades físicas. Já, a presença do
profissional de educação física nestes locais é, segundo ele, foco de debates,
“por este ser o agente que deve garantir a orientação correta na prática dos
exercícios”. Como na maioria dos casos, não é possível usufruir da orientação
de um profissional durante a prática, o ideal é buscar orientação antes, o que
pode ser feito através da consulta a sites especializados na internet,
elaborados por profissionais da área, ou através de professores e estudantes
nas faculdades de Educação Física. Para garantir a segurança dos praticantes, é
importante ainda que os espaços contem com equipamentos com boa manutenção e
placas de orientação para o correto uso dos aparelhos, de modo a evitar lesões
e acidentes.
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