Nosso
respeito por reafirmar o fato de que direitos hoje conquistados e absorvidos
por ordenamentos jurídicos de todo o mundo somente se tornaram realidade em
razão de muita luta, suor, sangue e lágrimas. Por Jornal GGN
Respeito, admiração e
solidariedade.
“Ao senhor Luiz Inácio Lula da
Silva
Respeito
Escrevemos
esta carta para manifestar a você, primeiramente, respeito. Respeito por ter
nascido num local simples, vindo de uma família pobre, obrigada a batalhar duro
para sobreviver. Respeito por ter se retirado, ainda muito cedo, de sua terra
natal, em busca de uma vida melhor. Respeito por representar os milhões de
brasileiros que, durante a história, trilharam o mesmo caminho à procura de
dignidade.
Respeito
por ter tido que escolher o trabalho à custa dos estudos. Por ter sacrificado
parte importante da vida para angariar alguns trocados – naquele momento,
imprescindíveis. Respeito por ter iniciado, ainda quando adolescente, o
exercício da profissão que o acompanharia por quase toda a vida. Respeito por
mostrar – para quem quer e consegue enxergar – que a meritocracia, no Brasil, é
uma ideia falaciosa (quantos companheiros tiveram o mesmo sucesso que você, não
é mesmo?).
Respeito
por ter perdido sua primeira esposa e filho de forma trágica. Respeito por sua
intensa atividade sindical. Respeito por reafirmar o fato de que direitos hoje
conquistados e absorvidos por ordenamentos jurídicos de todo o mundo somente se
tornaram realidade em razão de muita luta, suor, sangue e lágrimas. Respeito
por mostrar que a luta é parte indissociável da evolução da humanidade.
Admiração
Expressamos
também nossa admiração. Admiração por ter atuado no sindicato de um dos maiores
polos industriais do Brasil. Admiração por ter sido eleito presidente da
agremiação por duas vezes. Por ter participado, durante a ditadura militar, da
organização de greves históricas e memoráveis. Por levar a luta a suas últimas
consequências – até mesmo à prisão. Admiração por demonstrar que a prisão
sempre foi e sempre será instrumento de controle social.
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não está dando certo, por Ivanir José Bortot
Admiração
por ter sido um dos fundadores daquele que viria a ser o maior partido do
Brasil em número de filiados, e que chegaria à presidência da República por
quatro vezes consecutivas. Admiração por ter lutado pelo fim do período de
exceção e integrado a frente suprapartidária formada com esse objetivo.
Admiração por ter sido o deputado federal constituinte mais votado do país, e
por ter feito parte do pacto constitucional que rege o Estado e a sociedade
brasileira até os dias atuais – apesar dos constantes ataques contra seus
princípios basilares.
Admiração
por ter se tornado, apesar de todo o preconceito, o primeiro presidente da
República vindo da classe operária, reelegendo-se de forma inquestionável.
Admiração por ter implantado – e isso é reconhecido internacionalmente –
importantes programas de distribuição de renda, de diminuição da desigualdade,
de combate à fome e à pobreza (objetivos do milênio), de incentivo à educação,
à cultura e ao esporte. Por ter procurado governar para todos. Por ter
acreditado na paz e na união como nortes.
Solidariedade
Necessário,
por fim, externar nossa solidariedade. Solidariedade por ter sido atingido pelo
que entendemos serem equívocos jurídicos. Equívocos jurídicos como sua condução
coercitiva ilegal e a divulgação ilegal de conversas particulares suas e de
seus familiares (a ilegalidade dessas práticas foi reconhecida pelo STF).
Solidariedade por ser um símbolo da injustiça que se pratica contra acusados e
condenados negros e pobres do país, presos sem fundamento, em locais
degradantes, sem culpa definitivamente reconhecida.
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simples modulação do golpe?, por Armando Coelho Neto
Solidariedade
por ter perdido sua segunda esposa em meio à perseguição judicial e midiática
levada a efeito contra sua família. Solidariedade por nos demonstrar que não
podemos mais contemporizar com o processo penal do espetáculo, em que pessoas
são expostas, acusadas, julgadas e condenadas sem o sagrado direito de defesa.
Solidariedade por não poder estar com sua família durante o velório do seu
irmão Vavá.
Solidariedade
por não mais ter seu querido Arthur. Por não ter podido ficar ao seu lado em
seus últimos dias de vida. Arthur partiu cedo, mas talvez tenha sido dele a
missão de frear o ódio, o rancor, o ressentimento e a violência jogada em
nossas faces cada vez que entramos em redes virtuais e até mesmo nas ruas. Seu
sorriso marcante há de demonstrar que “a pureza da resposta das crianças” é um
caminho que pode ser alcançado. E que não podemos parar de caminhar.
Afrânio
Silva Jardim – Procurador de Justiça aposentado;
Plínio
Antonio Britto Gentil – Procurador de Justiça;
Jacson
Rafael Campomizzi – Procurador de Justiça;
Margaret
Matos de Carvalho – Procuradora Regional do Trabalho;
Jacson
Luiz Zilio – Promotor de Justiça;
Gustavo
Roberto Costa – Promotor de Justiça;
Roberto
Tardelli – Procurador de Justiça aposentado;
Romulo
de Andrade Moreira – Procurador de Justiça;
Haroldo
Caetano da Silva – Promotor de Justiça;
Sueli
de Fátima Buzo Riviera – Procuradora de Justiça aposentada;
Inês
do Amaral Buschel – Promotora de Justiça aposentada;
Luiz
Henrique Manoel da Costa – Promotor de Justiça;
Walter
Moraes – Promotor de Justiça;
Andrea
Beatriz Rodrigues de Barcelos – Promotora de Justiça;
Lucia
Helena Barbosa de Oliveira – Promotora de Justiça;
Wagner
Gonçalves – Procurador da República aposentado; ex-Sub-Procurador Geral da
República, ex-Procurador Federal dos Direitos do Cidadão, ex-Presidente da
Associação Nacional dos Procuradores da República;
Álvaro
Augusto Ribeiro da Costa – Procurador da República aposentado,
ex-Sub-Procurador Geral da República, ex-Procurador Federal dos Direitos do
Cidadão, ex-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República,
ex-Advogado-Geral da União;
Antonio
Alberto Machado – Promotor de justiça aposentado;
Westei
Conde y Martin Junior – Promotor de Justiça.
Pedro
Oto de Quadros – Promotor de Justiça em Brasília, MPDFT
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