"Jair
Bolsonaro é um defensor do estado de exceção. Ponto. Havendo condições,
implantará o Estado de Exceção em um país em que já se quebrou a mística da
democracia estável que existia desde a Constituição de 1988", escreve o
jornalista Luis Nassif, no jornal GGN. "Bolsonaro já apontou os movimentos
populares como alvo de repressão. As mudanças em andamento na legislação,
tentam enquadrar toda manifestação social na categoria de terrorismo",
continua. Ele acrescenta que, "nas últimas semanas, três instituições
acordaram para os riscos da escalada do arbítrio: a Procuradoria Geral da
República e o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal e a mídia
mainstream".
"Há
sinais de que o Alto Comando das Forças Armadas tem preocupação em relação aos
riscos para a disciplina militar desse liberou geral de Bolsonaro, que tem
muita ressonância nos escalões de baixo", diz Nassif. "STF e PGR
poderão agir apenas nos temas coletivos. Na base, haverá uma escalada de
violência, em denúncias judiciais ou, pior, em violência explícita contra
movimentos populares e contra pobres e negros de periferia. Mais que nunca, a
informação passa a ter uma função civilizatória, alertando não apenas a opinião
pública informada, mas os organismos internacionais, a imprensa internacional,
os tribunais superiores. É hora de ver se o jornalismo e os tribunais se
mostram, finalmente, à altura de suas responsabilidades".
https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/373842/Nassif-%C3%A9-preciso-toler%C3%A2ncia-zero-com-o-estado-de-exce%C3%A7%C3%A3o.htm#.W9rgbgdhO_k.twitter
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