O
milho, um dos alimentos mais antigos da história da humanidade, atualmente tem
a maior parte da sua produção destinada, no Brasil, ao consumo animal. Apenas cerca
de 15% é para o consumo humano. O problema em torno deste alimento, defendido
por conter vitaminas A e do complexo B, proteínas e minerais como o ferro,
fósforo, potássio e cálcio, tem fundamento na utilização do grão transgênico.
Um artigo publicado no International Journal of Biological Sciences mostrou que
o consumo da semente modificada tem efeitos negativos principalmente sobre
fígado e rim, órgãos ligados à eliminação de impurezas.
A informação é publicada por
Transparência Alimentar, 20-10-2016.
Embora
suas propriedades nutricionais sejam mantidas, de acordo com o médico Durval
Riba-Filho*, o estudo francês revelou que os grãos transgênicos do milho
apontam claros sinais de toxidade. O biólogo molecular Gilles-Eric Séralini e
sua equipe puderam divulgar a pesquisa depois que um decisão judicial obrigou a
Monsanto revelar sua própria análise dos grãos que manteve em sigilo impedindo
que a informação se tornasse pública.
Os
franceses então divulgaram a comparação dos efeitos das sementes MON 863, NK
603 e MON 810 sobre a saúde de mamíferos, sendo as duas últimas permitidas no
Brasil, bem como sementes resultantes do seu cruzamento.
No
caso do NK 603, os dados apontam perda renal e alterações nos níveis de
creatinina no sangue e na urina, que podem estar relacionados a problemas
musculares. É por esse motivo que os pesquisadores destacam que o coração foi
afetado nos ratos alimentados com esta variedade. O quadro para o MON 810 não
muda muito. Embora os machos em geral demonstrem maior sensibilidade a tóxicos,
foram as fêmeas que apresentaram ligeiro aumento do peso dos rins, que pode
corresponder a uma hiperplasia branda, geralmente presente quando associada a
processos imunoinflamatórios.
Os
autores do artigo publicado no International Journal of Biological Sciences
concluíram que os dados sugerem fortemente que estas três variedades de milho
modificado induzem a um estado de toxicidade, que pode resultar da exposição a
pesticidas (glifosato e Bt) que nunca fizeram parte de nossa alimentação.
A
Comissão Técnica de Biossegurança, a CTNBio, informa que “o milho NK603 é tão
seguro quanto às versões convencionais”, que a modificação genética “não
modificou a composição nem o valor nutricional do milho”, que “há evidências
cientificas sólidas de que o milho NK 603 não apresenta efeitos adversos à
saúde humana e animal” e que “o valor nutricional do grão derivado do OGM
referido tem potencial de ser, na realidade, superior ao do grão tradicional”.
A
CTNBio também avalia que no caso do MON 810 “os efeitos intencionais da
modificação não comprometeram sua segurança nem resultaram em efeitos
não-pretendidos” e que a “proteína é tóxica somente para lagartas".
Revista ihu
on-line
http://www.ihu.unisinos.br/maisnoticias/noticias/561434-milho-transgenico-pode-fazer-mal-a-saude-dados-sao-revelados-pela-monsanto-apos-acao-judicial
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