O
juiz Sérgio Moro, em despacho emitido nessa quarta-feira (19), reafirmou que
não há provas que relacionem os contratos da Petrobrás listados pelo Ministério
Público da Lava Jato, ou recursos da empresa estatal, com supostas vantagens
que Lula teria recebido em um apartamento do Guarujá que não é do
ex-presidente.
A
manifestação é importante porque reforça que a condenação de Moro não tem
provas, e está baseada apenas e exclusivamente no depoimento do co-réu Léo
Pinheiro, que teve redução de pena por acusar Lula.
Diz
Moro no despacho de 19 de setembro: “Não há prova de que os recursos obtidos
pela OAS com o contrato com a Petrobrás foram especificamente utilizados para
pagamento ao Presidente. Mas isso não altera o fato provado naqueles autos de
que a vantagem indevida foi resultado de acerto de corrupção em contratos da
Petrobrás”.
A
única pessoa que falou isso em todo o processo foi o empreiteiro Léo Pinheiro,
depois de estar preso há mais de um ano pelo próprio Sérgio Moro, e que falou
isso em busca de um acordo para reduzir sua pena.
Os
contratos da Petrobrás listados pelo ministério Público na acusação contra Lula
foram firmados entre 2006 e 2008. Não há nenhum indício nos autos de qualquer
relação de Lula com esses contratos, tanto que Lula foi condenado por “atos de
ofício indeterminados”, ou seja, desconhecidos.
A
suposta “vantagem indevida” que teria
sido recebida seria um apartamento no Guarujá que não é nem nunca foi de Lula.
Era da própria OAS, onde aconteceram reformas em 2014, pelo menos seis anos
após os contratos listados pelo Ministério Público na acusação e três anos
depois de Lula não ocupar mais nenhum cargo público.
Lula
esteve no tal apartamento uma vez porque sua família cogitou comprar o imóvel.
E não quis comprá-lo.
É
com essa farsa que Moro mantém Lula preso e impedido de disputar as eleições.
https://lula.com.br/despacho-de-moro-reforca-falta-de-provas-na-sentenca-de-lula/
Nenhum comentário:
Postar um comentário