Fatos
que não podem cair no esquecimento !!! Fatos de que não esqueceremos jamais !!!
Como
podemos reconhecer como imparcial um juiz que, desde o primeiro momento,
demonstra a que resultado um determinado processo penal deve chegar???
Como
podemos reconhecer como imparcial um juiz que pratica atos persecutórios
próprios da acusação, sendo que muitos deles sem respaldo legal???
Como
podemos reconhecer como imparcial um juiz que, desrespeitando o nosso sistema
acusatório, atua como se estivesse presidindo um “juizado de instrução???
Como
podemos reconhecer como imparcial um juiz que afirma, publicamente, que está
combatendo a prática de determinados crimes e se manifesta preocupado com as
futuras eleições presidenciais, pois o resultado delas poderia debilitar tal
combate???
Como
podemos reconhecer como imparcial um juiz que, de férias, em Portugal, prolata
um despacho questionando e desautorizando a decisão de um desembargador
federal, se intrometendo em um processo de Habeas Corpus em que ele não devia
sequer atuar???
Como
podemos reconhecer como imparcial um desembargador que “revoga”, em pleno
domingo, uma decisão de outro desembargador federal que estava atuando em
regular plantão judicial???
Como
podemos reconhecer como imparcial um tribunal federal que se nega reconhecer a
parcialidade deste juiz, sendo visível o comprometimento de seu presidente com
a chamada “Operação Lava Jato” ???
Como
reconhecer como imparcial um ministro do S.T.F. que escolhe o órgão julgador
para os pleitos do ex-presidente Lula, segundo sua avaliação dos resultados dos
julgamentos???
Como
reconhecer como imparcial uma presidenta do S.T.F. que não coloca em pauta para
julgamento ações diretas de constitucionalidade do artigo 283 do Código de
Processo Penal, por temer o resultado destes julgamentos???
Como
reconhecer a imparcialidade de um Poder Judiciário que demonstra claramente que
tem o ex-presidente Lula como inimigo, e não um cidadão sujeito de direitos,
tendo em vista as suas opções ideológicas???
Enfim,
como acreditar que este Poder Judiciário está mesmo comprometido com o Estado
de Direito e a realização de uma justiça efetiva???
O
que dizer para os nossos alunos, em sala de aula, sobre todas estas mazelas???
Afrânio Silva
Jardim, professor de Direito Processual Penal na Uerj
http://www.contextolivre.com.br/2018/07/moro-ja-demonstrou-nao-ter.html
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