A
Ordem dos Advogados do Brasil anunciou, nesta segunda-feira (2/7), a criação de
um grupo para discutir a regulamentação do uso de inteligência artificial no
exercício do Direito.
O
anúncio vem dias depois de o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e a
seccional fluminense da OAB-RJ publicarem uma nota de repúdio a uma ferramenta
que ajuda pessoas em ações trabalhistas, lançada pela empresa Hurst.
O
coordenador do grupo de inteligência artificial será José Américo Leite Filho,
diretor jurídico da Febratel (Federação Brasileira das Empresas de
Telecomunicações).
Para
ele, o uso de inteligência artificial é importante para o Direito e uma
tendência global, "mas é preciso assegurar que isso não represente uma
industrialização do uso da Justiça em detrimento da possibilidade de ajustes e
acordos que não sobrecarreguem os tribunais e as empresas".
O
presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, afirma estar
preocupado que as recentes ferramentas, como os robôs virtuais, vendam como
grande vantagem a dispensa da atuação de advogados.
"Não
somos contra o desenvolvimento tecnológico e temos consciência de que ele é
inexorável. Isso não quer dizer, no entanto, que vamos tolerar oportunistas que
querem colocar a advocacia num papel marginal e subalterno através da
massificação desordenada e desregrada dessas ferramentas", afirmou.
Com informações
da Assessoria de Imprensa da OAB.
https://www.conjur.com.br/2018-jul-02/oab-cria-grupo-regulamentar-uso-inteligencia-artificial
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