Estimado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
Li
com muita atenção a carta que o senhor enviou ao povo brasileiro na última
terça-feira (03/07).
Com
todo o respeito, em “resposta”, venho lhe dizer, antes de tudo, que a maioria
do povo brasileiro continua confiando no seu maior líder.
Não
é sem razão, portanto, que Lula aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas
de opinião para Presidência da República.
Sim,
Presidente, como disse em sua carta, “Chegou a hora de todos os democratas
comprometidos com a defesa do Estado Democrático de Direito repudiarem as
manobras” da qual Vossa Excelência é vítima, a fim de que prevaleça a
Constituição e os princípios nela insculpidos.
Centenas
de juristas sabem que o senhor foi condenado sem provas, tanto pelo juiz da 13ª
Vara Federal de Curitiba quanto pelo TRF-4.
Tanto
que várias obras e inúmeros artigos foram escritos por grandes juristas –
inclusive estrangeiros – sobre o processo de exceção que lhe condenou.
É
fato: o senhor foi condenado por um juiz “suspeito” e “incompetente”.
Também
é fato: durante todo o processo o senhor foi tratado pelos agentes do Estado
Penal como “inimigo”. E como tal, negam-lhe direitos e garantias fundamentais.
Com
tantas injustiças, o senhor demonstra em sua carta – com toda razão! –
descrença na justiça.
Sim,
caríssimo Presidente, não há nada, absolutamente nada, mais revoltante e
doloroso para o ser humano do que a injustiça.
A
injustiça é a própria tirania, a iniquidade que desacredita as instituições e
fere a alma.
Muitas
vezes a injustiça é escancarada, vista por todos.
Outras
vezes, sem ser vista ou percebida, a injustiça fantasia-se de legalidade,
vitimando inocentes.
É
o seu caso.
Nós
sabemos que o senhor não cometeu crime algum.
Por
isso, Presidente Lula, continuaremos lutando — jurídica e politicamente — para
que a verdade prevaleça e vença.
Presidente
Lula, vamos continuar também tendo esperança.
“A
esperança”, como proclamou Santo Agostinho, “tem duas filhas lindas, a indignação
e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a
coragem, a mudá-las”.
Abraço
fraterno,
Leonardo
Isaac Yarochewsky
* Leonardo Isaac
Yarochewsky é advogado criminalista e doutor em Ciências Penais
https://www.viomundo.com.br/politica/yarochewsky-presidente-lula-a-indignacao-nos-ensina-a-nao-aceitar-as-coisas-como-estao-a-coragem-a-muda-las.html
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