Mais
uma vez, as forças reacionárias, antipopulares e corruptas que tomaram de
assalto o país lançam uma ofensiva hedionda contra o PT.
Não
é algo casual. Tal ofensiva, baseada em delações sem provas, requentadas e
contraditórias, surge justamente no momento em que os crimes e o fracasso
retumbante da quadrilha golpista se tornam cada vez mais evidentes aos olhos da
Nação.
Numa
espécie de truque de prestidigitação midiática, tentam ocultar dos olhos do
povo os milhões de dinheiro sujo do bunker de Geddel, um dos principais
articuladores do golpe. Num ato de suprema canalhice, tentam associar esse
dinheiro ao PT.
Tentam
ocultar também as ilegalidades e as irregularidades das investigações e das
delações promovidas pelo MPF e seu Procurador-Geral, que, por seu cunho
nitidamente partidarizado, parecem servir mais a objetivos políticos escusos e
à fogueira das vaidades de alguns de seus dirigentes que à causa republicana de
um verdadeiro e isento combate à corrupção.
Não
por acaso, após se ver enredado numa trama canhestra revelada pelas gravações
de Joesley et caterva, o Procurador–Geral resolve, mais uma vez, oferecer
denúncia sem provas contra o PT, numa clara manobra diversionista.
Não
por acaso, surgem, num timing político perfeito, as delações de Palocci, sem
nenhum lastro fático e motivadas pelo natural desespero de quem sabe que
acusações vazias a Lula e ao PT representam um invariável passaporte para
reduções de penas e relaxamento de prisões.
Palocci
fez um “pacto de sangue” com o engodo institucionalizado da Lava Jato
partidarizada. Tentou falar dos negócios escusos do sistema financeiro e mídia.
Foi ignorado.
Deixaram
claro que só aceitariam uma delação que condenasse Lula, Dilma e o PT. Após um
ano de tortura psicológica, sucumbiu. Num país civilizado, seus algozes seriam
submetidos aos rigores da lei. Não obstante, entre os nossos seguidores de Carl
Schmitt, tudo isso é muito natural.
Agora,
surge o supremo cinismo. A acusação referente à edição da MP nº 471/2009. Ora,
essa MP somente prorrogou, até 2015, os incentivos fiscais que já haviam sido
concedidos para o setor industrial pelo governo FHC.
Ela
permitiu a dinamização de áreas economicamente deprimidas e possibilitou que
Estados como Bahia, Goiás, Pernambuco e Ceará tivessem um significativo
incremento de empregos no setor industrial, que passaram de 0,26% do total
nacional, em 1999, para impressionantes 13,07%, em 2009.
Assim
sendo, a referida MP deu uma contribuição inestimável para o desenvolvimento do
Brasil e para a diminuição de suas desigualdades regionais.
Quando
foram criadas por FHC, essas regras eram do interesse público. Mas, quando
foram apenas prorrogadas por Lula, se transmutaram automaticamente em
“propina”. É assim que funciona a cabeça cínica, hipócrita e ignorante dos
acusadores de Lula.
Aliás,
ninguém até agora explicou direito aquela história de FHC “passar o chapéu”, no
Palácio do Alvorada, para construir seu Instituto.
Em
dezembro de 2002, FHC ofereceu um jantar no palácio da Alvorada ao PIB.
Presentes, entre outros, Emilio Odebrecht. Na ocasião, FHC passou o chapéu para
construir seu Instituto. Resultado da arrecadação em apenas uma noite: R$ 7
milhões. Em valores de hoje, R$ 17,64 milhões.
Isso
mesmo. FHC fez uma reunião num prédio público, ainda na presidência, para pedir
dinheiro às empreiteiras e aos banqueiros para seus fins privados. O jantar,
caríssimo, com finos vinhos franceses, foi pago com dinheiro público. Todo o
mundo achou lindo. Ninguém sequer insinuou que podia ser propina por serviços
prestados (muitos).
Não
estou dizendo que tenha sido. Agora, imagina se tivesse sido o Lula ou a Dilma.
Era impeachment na certa, com direito a horas de reportagens no Jornal
Nacional, capas das principais revistas semanais e a centenas de artigos de
raivosos colunistas.
Neste
momento, criam um escarcéu em torno de um terreno que a própria acusação
reconhece que nunca foi do Instituto Lula. Porém, se a Odebrecht tivesse feito
a doação de um terreno para o Instituto FHC, ninguém teria achado nada de mais,
assim como não acharam nada de mais que FHC “passasse o chapéu” em pleno
Palácio do Alvorada.
Ninguém
também decidiu investigar o papel de alguns países, principalmente dos EUA, no
golpe e na Lava Jato partidarizada. Testemunhas brasileiras estão prestando
depoimentos sigilosos às autoridades norte-americanas, sem o conhecimento de
advogados de defesa envolvidos nos processos.
Empresas
brasileiras estão sendo processadas nos EUA, por supostos ilícitos cometidos no
Brasil, e obrigadas a pagar multas bilionárias. Petrobras, Odebrecht e várias
outras empresas nacionais estão perdendo todo o acesso a um mercado externo
vital para seus interesses e os interesses do Estado brasileiro, que agora será
ocupado por empresas estrangeiras, inclusive norte-americanas.
Ninguém
dá um pio. Ninguém se mexe. Parece que o nosso sistema de inteligência, a quem
cabe a função de contrainteligência, só funciona para monitorar os opositores
do golpe e os movimentos sociais.
Somos
motivos de riso para diplomatas estrangeiros que sabem muito bem como funciona
o jogo pesado da geopolítica mundial. Eles assistem com assombro a nossa
passividade e ingenuidade com o desmonte de um país antes respeitado chamado
Brasil.
De
fato, essa contraofensiva moralmente hedionda e juridicamente vazia contra o
PT, que se segue ao êxito extraordinário da Caravana de Lula pelo Nordeste,
intenta mascarar o monumental fracasso do golpe que a quadrilha corrupta e a
oligarquia reacionária cometeram contra a democracia brasileira.
Com
efeito, o golpe destruiu nossa democracia, nossa economia, nossos empregos,
nossos salários, nossos direitos trabalhistas, nosso Estado do Bem-Estar.
Destrói nossa saúde, nossa educação, nossa soberania, nossa autoestima, nossa
esperança, nossa alegria.
O
golpe transformou a antiga sexta economia mundial, respeitada no plano
internacional, numa republiqueta de bananas e numa plataforma colonial
dependente. O golpe vende o Brasil, seu patrimônio, suas riquezas, seu futuro.
O golpe vende a vida de nossos filhos e netos.
Para
ocultar essa espantosa destruição, intenta-se destruir o PT, pois eles sabem
muito bem que Lula o PT representam a única grande força democrática e popular
capaz de deter essa ação predatória da agenda ultraneoliberal imposta ao país
sem um único voto.
Não
querem enfrentar democraticamente o PT nas urnas, querem transformá-lo no
inimigo interno a ser destruído. Os novos judeus do Reich tupiniquim. Não
querem o debate político de ideias e propostas, querem amordaçar os críticos do
golpe.
Temem
a quinta derrota eleitoral consecutiva que fatalmente viria. Querem uma
“democracia” sem oposição real, sem protestos, sem vida, na qual os excluídos
não tenham voz e voto.
Mas
o povo brasileiro não se esquecerá do legado dos governos progressistas e
populares. Não se esquecerá do papel central que o PT desempenhou na luta
contra a ditadura e pela democracia. Não se olvidará da participação crucial do
PT em todas as grandes lutas da população mais simples do Brasil.
Não
se esquecerá dos 24 milhões de empregos que foram gerados. Não se esquecerá dos
42 milhões de compatriotas que saíram da pobreza. Não se esquecerá da fome
finalmente saciada.
Não
se esquecerá do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, do Mais Médicos, do
Prouni, do Fies, da abertura das universidades para pobres, negros e índios e
de tantos outros programas que incluíram os historicamente excluídos num país
para todos. E que agora estão sendo asfixiados pelos golpistas.
Sem
o PT e a liderança popular de Lula não haverá democracia real no Brasil. Haverá
apenas fraude eleitoral e engodo político. Haverá um pleito sem escolhas
efetivas.
Sem
Lula e o PT, o povo brasileiro será forçado a escolher entre a direita
“apolítica” e a extrema direita caricata.
Em
qualquer hipótese, sem Lula e o PT teremos um Reich neoliberal.
Sem
o PT e a liderança popular de Lula não haverá futuro. Haverá apenas o
retrocesso a um passado de exclusão, fome, miséria, desigualdade e dependência.
Apesar
das grosseiras injustiças, das ofensivas cínicas e hipócritas contra Lula e seu
partido, contra o inimigo interno, contra os novos judeus do Reich tupiniquim,
o povo brasileiro sabe que seu caminho de lutas sempre foi iluminado pela
estrela do PT.
E
o futuro pertence a que sempre esteve do lado do povo. O Auchswitz
jurídico-político do Brasil terá vida curta.
http://www.contextolivre.com.br/2017/09/a-ofensiva-contra-os-novos-judeus-do.html
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