Nesses
tempos de pesadelo político, em que paira no ar uma atmosfera sufocante
kafkiana, envolvendo, inclusive, metamorfoses e processos fascistizantes, é
necessário acordarmos para a psicologia dos seres espectrais que transformaram
a República brasileira numa imensa terra de ninguém onde a bestialidade
triunfa.
Vamos
nos valer para percorrer este continental vale das sombras da teoria psicanalítica
de Sigmund Freud e Melanie Klein.
Os
personagens espectrais são as criaturas fantásmicas que passaram a habitar o
limbo de nossa existência terrena na própria terra brasilis …
E
não são poucos: Moro, Dallagnol, Lima, Marta Suplicy, Cristovam Buarque, Marina
Silva, Aécio Neves, Michel Temer, Janaína Paschoal, Hélio Bicudo et caterva.
A
galeria é imensa, mas estes são os principais. O traço de personalidade que une
todos: traição, infantilismo, síndromes de perseguição, de grandiloquência, de
sufocamento, de inveja e de nanismo intelectual.
Guiando-nos
por uma introspecção imaginativa dos sonhos que animam esta galeria de
personagens que ajudou a destruir a terra brasilis, vamos nos valer do livro,
publicado em 1899, “A Interpretação dos Sonhos” (Die Traumdeutung) , de Sigmund
Freud.
Freud,
em sua análise sobre o significado dos sonhos, demonstrou que a essência deles
repousava na realização de desejos infantis reprimidos.
Demonstra
a existência e a natureza do inconsciente e seu papel determinante na psique de
todo ser humano. Os sonhos são, pois, os caminhos para a “realização de
desejos”, como uma forma do inconsciente resolver um conflito de alguma
natureza, seja presente seja no passado distante.
É
no sonho que a vigília do mundo insone, o “censor”, arrefece. Assim, o
inconsciente distorce o real, sublimando-o e realizando aquilo que era
proibido, censurado.
Com
esta luz, percebemos que o trio Moro, Dallagnol e Lima vivem um universo
onírico, de sonhos, em que o id de cada um deles, irmanados num corpo com três
cabeças, qual mítico Cérbero, reina absoluto sem conflitos com seus Mega-Egos.
No
estado onírico de suas existências, a distorção de seu sonho primordial, qual
seja, o de aniquilar a esquerda no Brasil, chega intacto ao mundo real. Por
isso que nós, brasileiros, que tivemos nossa eleição roubada mediante o golpe,
nos sentimos estranhos, pois vivemos o sonho de três personagens abissais
criando um conflito entre a realidade e o pesadelo daqueles que,
messianicamente, acreditam ser o sonho de todos.
Essa
atitude que não faz progredir a inteligência cria personagens bestializados e
infantilizados, onde a des-razão realiza desejos particulares ou de grupos
particulares, sem se importar com o “resto” da nação.
Para
os demais personagens, Marta Suplicy, Cristovam Buarque, Marina Silva, Aécio
Neves, Michel Temer, Janaína Paschoal, Hélio Bicudo, também eles eliminaram o
“censor” da razão e puseram seus “sonhos” de grandiloquência a serviço da
fantasia distorcida de uma realidade que se curve aos seus desejos sempre
reprimidos.
Por
essa razão, a alta traição é característica básica de todos eles. Traíram não
somente a si próprios, mas, sobretudo, a nação, ao abandonarem ideologias
(trocando-as), crenças, razões, pudores, escrúpulos.
Melanie
Klein diria que, no passado distante, quando esses personagens eram bebês de
colo, não introjetaram de forma coerente, humana, as tentativas de equilíbrio
entre o prazer e a frustração.
Mantiveram-se,
apesar do crescimento, como eternas crianças ligadas às suas genitoras, mas
numa construção projetiva distorcida, tanto na fase oral (mamar) quanto na anal
(excretar), de não sobrepujar o instinto persecutório, virando-se contra suas
próprias mães que os abrigavam e os alimentavam.
Assim,
constrói-se na psique uma fase oscilante entre depressão e comportamentos
esquizo-paranóides, como bem vimos nas manifestações oníricas-esquizóides de
Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, ou nos acalorados discursos cheios de ódio de
Aécio Neves, Marina Silva, Cristovam Buarque e Marta Suplicy.
Não
havendo um equilíbrio na psique entre o lado bom e o lado ruim que todos temos,
projetaram, no meio golpista que ajudaram a criar, uma natureza maléfica com
sonhos, ou melhor, pesadelos de grandiloquência paranoica.
Terminando
esta sondagem, poderíamos afirmar que, numa interpretação meta-freudiana que os
personagens apontados e seus sequazes, tanto no des-governo golpista, quanto
naqueles que encheram as ruas e praças seguidos por líderes infantilizados do
MBL e RevoltadosOnLine, que todos sofrem de uma espécie de “síndrome da inveja
do pênis”.
Este
foi um estudo clássico de Freud, mas não no âmbito que o compreendemos hoje na
grande massa golpista que nos tolheu a razão e a compreensão.
Temer,
Moro e Aécio, irmanados em suas megalomanias esquizoides e paranoicas vivem
para tentar sublimar aquilo que eles têm de minúsculo, baixo e distorcido
falicamente: uma moral que não se construiu na civilização, mas no fascismo e
na barbárie.
Para
compensar seus deságios de personalidade, a “inveja do pênis freudiano”, fê-los
ver na destruição que promoveram na nação, um desejo realizado. Assim agiu
Benito Mussolini… Assim agiu Adolf Hitler.
POR
MARCOS DANHONI, professor titular da Universidade Estadual de Maringá e autor
do livro “Do Infinito, do Mínimo e da Inquisição em Giordano Bruno”, entre
outras obras.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/no-diva-com-os-golpistas-por-marcos-danhoni/
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