Os
procuradores da Lava Jato enfrentam críticas sobre sua possível seletividade
até mesmo da Polícia Federal. É o que mostra reportagem publicada pela Folha
nesta segunda (17), que trata do “cabo de guerra” em torno dos acordos de
delações premiadas.
A
PF sustenta que o Ministério Público Federal, chefiado por Rodrigo Janot, só
fecha colaborações que interessam à narrativa da Lava Jato, rejeitando aquelas
que possam surgir com informações que contradizem a narrativa contada até
agora.
É
o caso do marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha de Paulo Skaf em
2014. Duda procurou “mais de uma vez” o Ministério Público, em Brasília, “mas
as conversas não avançaram.” Na PF, o discurso era de que Duda poderia
fragilizar as delações da Odebrecht.
A
divulgação das delações pelo Supremo Tribunal Federal na semana passada mostrou
que Skaf é citado por delatores como receptor de pelo menos R$ 10 milhões para
a corrida ao governo de São Paulo. Marcelo Odebrecht teria atuado pessoalmente
em nome de seu “amigo”.
A
Procuradoria Geral da República sustentou, segundo a matéria, que é “legal”
rejeitar acordos que não contribuam para a operação, preenchendo as
expectativas dos procuradores. Também repudiou o rótulo de seletivo colocado
pela PF.
Já
a Polícia Federal do Distrito Federal rebateu dizendo que seria “prevarização”
se negar a ouvir o que um delator tem a entregar às autoridades. A corporação
ainda avalia que a delação de Duda Mendonça vai ajudar a contar o outro lado da
história narrada até agora.
A
PGR tenta impedir, no Supremo, que a PF possa celebrar acordos de delação
premiada.
Jornal GGN
https://falandoverdades.com.br/2017/04/18/lava-jato-esta-mandando-voltar-delacoes-ate-satisfazer-vontade-de-procuradores/#.WPYw1c2q6nw.twitter
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