Do
noticiário dos jornais sobre a tentativa de Marcelo Odebrecht de envolver Lula
pessoalmente na sua lista universal de “bondades” financeiras, duas coisas
chamam a atenção, e as transcrevo:
O
codinome “Amigo”, que consta na planilha da Odebrecht, é dono de um saldo de
23.000, que corresponderia a R$ 23 milhões na contabilidade paralela da
empreiteira. Deste total, R$ 8 milhões teriam sido pagos entre novembro de 2012
e setembro de 2013, restando ainda na planilha R$ 15 milhões de saldo. (O
Globo)
Esperem
aí: Lula, aquele que aparece no centro do powerpoint do Dr. Deltan Dallagnol no
centro do “governo da propinocracia”, foi receber algum só depois de deixar de
ser o “chefão”? E dois anos depois? E R$ 8 milhões, menos do que Michel Temer,
à época apenas um apagado vice-presidente, quando “mordeu” R$ 10 milhões, no ato,
do mesmo Marcelo Odebrecht?
A
conta, evidentemente, não fecha. Nem mesmo para justificar a tal reforma do
sítio de Atibaia que, diz o mesmo O Globo, foi situada pela Polícia Federal
“entre novembro de 2010 e setembro de 2011”.
E
mais: o dinheiro para Temer, sabe-se, foi levado por Lúcio Funaro a José Yunes.
O suposto pagamento a Lula, além da data “troncha” não tem como e a quem,
questão obrigatória quando alguém diz ter dado algo a alguém.
O
segundo ponto é ainda mais interessante. É que, no Estadão, a colunista Vera
Magalhães afirma que:
Odebrecht
descreve a amizade entre o pai, Emílio, e o ex-presidente como um estorvo. Se
queixa de que o pai cedia demais aos pedidos de Lula, o que obrigava a empresa
a fazer investimentos desvantajosos.
Então
a Odebrecht “pagava” Lula para “fazer investimentos desvantajosos”, isto é, ter
prejuízo?
Se
os investimentos eram “desvantajosos” para a empresa, que tipo de vantagem por
eles poderia alguém pedir?
Está
evidente que há uma armação e um conflito (verdadeiro ou simulado) entre o que
diz o pai – e dono – da Odebrecht (Emílio) e o herdeiro Marcelo.
É
tudo tão fraco que, embora fosse, em tese, o “grande prêmio” do “pegamos o Lula”, tanto O Globo quanto o
Estadão fizeram chamadas modestas nas primeiras páginas.
Sabem
que não têm nada, senão uma história do que pediram a delatores para delatar,
embora não tenham como provar.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-curiosa-propina-a-lula-anos-depois-e-para-ter-desvantagens-por-fernando-brito/
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