Antes
mesmo de abrir os bagulhos que trouxe da sua nova viagem aos States, Moro
transformou a Lula de novo em réu da sua operação Lava Jato. São tantas as viagens ao Império, que não
fica claro se mora lá e vem operar aqui ou se mora aqui e vai seguidamente
receber instruções lá. Um bom tema de investigação para o Parlamento.
O
certo é que ele não teve coragem, diante do fiasco espetacular da nova farsa
montada por seus comparsas no hotel de Curitiba, que recebeu condenação
unânime, inclusive dos que apoiam a tal operação, de tomar uma decisão sozinho.
A sensação era a de que, uma vez mais, seus comparsas tinham tomado uma atitude
precipitada, para buscar protagonismo, que tivesse efeito na campanha
eleitoral, e que esse novo passo em falso colocava a Moro e sua gangue em
situação difícil, porque seria impossível, na base da ridícula demonstração do
power point e da falta de provas, tornar a Lula réu de novo.
Mas,
diante da situação difícil, Moro foi buscar novas instruções, certamente dos
mesmos que, segundo o Wikileaks, o fizeram depositário dos materiais obtidos
pelos EUA na espionagem da Presidência da Republica do Brasil, no Ministério de
Minas e Energia e na própria Petrobras, e que lhe permitiram começar a
operação. Como confissão de que não somente seus comparsas, mas ele mesmo, não
tem provas, mas convicções, Moro referendou a mesma decisão da farsa do power
point. Isto é, não acumulou nenhuma acusação com provas contra o Lula, ele foi
reforçar suas convicções na sua pátria por opção e veio tomar rapidamente a
decisão, para reforçar a manipulação no momento eleitoral.
Significativamente,
o Lula vai ao Nordeste falar com o povo enquanto o Moro vai ao império falar
com seus patrões. Cada um na sua, cada um com sua gente. Enquanto um tenta
ampliar os espaços democráticos do pais, no meio de tantos golpes à democracia,
o outro reforça a ideia de que a Lava Jato não cabe na democracia brasileira.
Trata-se
da continuidade do projeto ambicioso do Moro e dos seus comparsas de reescrever
a historia recente do Brasil, como cópia ridícula da Operação Mãos Limpas da
Italia. Só que agora com todas as acusações voltadas sobre a esquerda, o PT e o
Lula. Com a tentativa grotesca de tentar invalidar a historia recente do pais,
que não seria um momento virtuoso de combate às desigualdades sociais, mas uma
farsa, montada pela corrupção de recursos públicos.
Haveria,
assim, que destruir a imagem do Lula, para invalidar esse período da história
do Brasil, reverter seu sentido, mostrar que só foi possível graças à corrupção,
mesmo se não há provas, apenas convicções. Dai a decisão esfarrapada de tornar
a Lula réu em base à falta de provas, à ridicularizaçã no Brasil e no mundo
power point, à grotesca alegação da falta de provas e da sobra de convicções.
Moro
chega assim ao fim de linha. Esgotou as investigações, as tentativas de que as
pressões para delações premiadas contanto que impliquem ao Lula sejam feitas,
sejam fontes de provas forjadas, usa delações premiadas canceladas, confessa
que os malabarismos realizados com dinheiro público no hotel de Curitiba é tudo
o que dispõem contra Lula. Que o apartamento que não é de Lula e o sitio que
tampouco o é, são as únicas evidencias para as convicções dele e dos seus
comparsas.
Como
marionete da direita brasileira e dos projetos macabros do Império contra o
Brasil – que supõe desmontar as bases econômicas do projeto de desenvolvimento
com distribuição de renda, incluído a destruição da Petrobras e do pré-sal -,
revelando-se um obstinado militante contra a democracia, a distribuição de
renda e o projeto nacional do Brasil, Moro esgota o seu caminho. Logo logo vai
se mudar de vez pros States, receber algum titulo de doutor honoris causa de
alguma universidade fajuta de Miami e gozar de boas remunerações pelos serviços
prestados.
Mas
com esse novo passo em falso – que se soma à tentativa frustrada prender o Lula
e a outras denuncias pirotécnicas de seus comparsas – o Moro corre o grave
risco de ser desmascarado em público e freado nas suas aventuras pelo próprio
STF e até mesmo pelo Congresso. A farsa dos seus amigos recebeu condenação
unanime, se ele a reforçou antes que ela fosse completamente abandonada, é
porque é sua ultima cartada. Pelo menos foi assim que decidiram na reunião que
recém realizou no Império e cujas decisões tomou nem bem desceu da nova
incursão nos States, a quem ele se deve de corpo e alma.
É
o fim de linha para o processo de corrupção moral de farsantes que atuam
conforme interesses estrangeiros na tentativa de relegar o Brasil a uma
republica bananeira, sem democracia, sem Judiciário, sem projeto nacional.
http://www.brasil247.com/pt/blog/emirsader/256318/As-convic%C3%A7%C3%B5es-imperiais-de-Moro.htm
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