Quando
a presidenta Dilma chegou na sala do Palácio da Alvorada em que realizaríamos a
entrevista ao vivo para o Facebook da Fórum, ao invés de ir direto para o local
da transmissão, ela nos chamou para uma conversa informal da qual participaram
os ministros Ricardo Berzoini e Carlos Gabas.
Conheço
os dois desde os tempos de movimento sindical, quando implementei a Revista dos
Bancários, que hoje se tornou a Revista do Brasil. Naquele momento, a conversa
acabou passeando pela década de 1990 e começo dos anos 2000. Falamos sobre as
disputas na CUT, a construção do PT, a redemocratização do Brasil.
Nada disso, de alguma forma, foi abordado na
entrevista ao vivo com a presidenta. Não porque não seja interessante, mas
porque o momento político exige outros questionamentos. Ainda vou contar um pouco
dessa conversa em outro post. Aliás, conversa que foi gravada pela equipe da
diretora Anna Mulayert, que está fazendo um documentário sobre esses dias da
presidenta Dilma.
Mas
naquele contexto do papo meio off uma frase da presidenta Dilma me tocou. Disse
que ela parecia muito tranquila e com um astral muito bom. Ela respondeu:
“Quando o que se tem a perder é tudo, não há por que ficar triste”. Ou seja, a
presidenta tem a exata dimensão do momento histórico que o Brasil vive. Sabe
que sua condenação no Senado é uma imensa derrota de um projeto político que
ela ajudou a construir e também uma imensa derrota da esquerda brasileira e
latino-americana.
Durante
a entrevista, como você vai poder ver no vídeo que esta na página da Fórum, ela
tratou de diversos assuntos, mas para este blogueiro o momento mais forte foi o
ataque direto à Rede Globo. Pela primeira vez a presidenta disse que a Globo é
parte do golpe.
Quando
a presidenta Dilma chegou na sala do
Palácio da Alvorada em que realizaríamos a entrevista ao vivo para o Facebook
da Fórum, ao invés de ir direto para o local da transmissão, ela nos chamou
para uma conversa informal da qual participaram os ministros Ricardo Berzoini e
Carlos Gabas.
Conheço
os dois desde os tempos de movimento sindical, quando implementei a Revista dos
Bancários, que hoje se tornou a Revista do Brasil. Naquele momento, a conversa
acabou passeando pela década de 1990 e começo dos anos 2000. Falamos sobre as
disputas na CUT, a construção do PT, a redemocratização do Brasil.
Nada
disso, de alguma forma, foi abordado na entrevista ao vivo com a presidenta.
Não porque não seja interessante, mas porque o momento político exige outros
questionamentos. Ainda vou contar um pouco dessa conversa em outro post. Aliás,
conversa que foi gravada pela equipe da diretora Anna Mulayert, que está
fazendo um documentário sobre esses dias da presidenta Dilma.
Mas
naquele contexto do papo meio off uma frase da presidenta Dilma me tocou. Disse
que ela parecia muito tranquila e com um astral muito bom. Ela respondeu:
“Quando o que se tem a perder é tudo, não há por que ficar triste”. Ou seja, a
presidenta tem a exata dimensão do momento histórico que o Brasil vive. Sabe
que sua condenação no Senado é uma imensa derrota de um projeto político que
ela ajudou a construir e também uma imensa derrota da esquerda brasileira e
latino-americana.
Durante
a entrevista, como você vai poder ver no vídeo que esta na página da Fórum, ela
tratou de diversos assuntos, mas para este blogueiro o momento mais forte foi o
ataque direto à Rede Globo. Pela primeira vez a presidenta disse que a Globo é
parte do golpe.
Dilma
também fez uma avaliação crítica de algumas decisões que tomou. Entre elas a de
ter aceitado Michel Temer como seu vice. E de não ter percebido as mudanças no
PMDB no percurso do seu primeiro para o segundo mandato.
Dilma
está absolutamente concentrada na resistência. Ela sabe que resistir para
ganhar ou para perder é o que lhe resta. Que é o mais importante dessa luta
política que travará nesses próximos trinta dias. E que decidirá boa parte da
história do Brasil de ao menos uma geração.
http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2016/08/02/quando-o-que-se-tem-a-perder-e-tudo/
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