Alexandre
de Moraes criticou investimentos em estudos feitos pelo governo nos últimos
anos
Linha
dura. Ministro Alexandre Moraes criticou a burocracia para compra de armas para
as polícias
Rio
de Janeiro. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que o Brasil
precisa de menos pesquisa em segurança e mais armamento. Em entrevista concedida
na Cidade da Polícia, zona Norte do Rio, o ministro afirmou que a prioridade do
Ministério da Justiça, nesse momento, é investir em “equipamentos para
inteligência e equipamentos bélicos”.
Moraes
criticou os investimentos do governo federal nos últimos anos em diagnósticos
de segurança pública. “Tem especialista que nunca trabalhou em segurança
pública, mas, de alguma forma, vira especialista, que cobra viagens
internacionais para aprender não sei o quê”, disse o ministro.
Segundo
Moraes, o Ministério da Justiça vai priorizar a aquisição de equipamentos para
as polícias durante a sua gestão, que começou em 12 de maio, quando tomou posse
no governo do presidente em exercício, Michel Temer, empossado após o
afastamento de Dilma Rousseff do cargo.
Ele
disse que já pediu à comissão orçamentária da pasta para “alterar várias
rubricas”, para poder concentrar ações no que chamou de fortalecimento da
polícia.
Disse
também já haver redigido um decreto que deve ser publicado até o fim do mês
para permitir que policiais utilizem armamento apreendido com criminosos, após
um processo de legalização. O decreto também diminuirá o tempo de espera para a
compra de armas oficiais.
Moraes
lamentou a “burocracia” que envolve esse processo. “Não é possível que se
aguarde nove meses para comprar fuzis”, disse Moraes, lembrando que hoje as
armas apreendidas têm de ser destruídas pelo Exército. O ministro também falou
da necessidade de convênios entre a Força Nacional de Segurança, a Polícia
Rodoviária Federal, a Polícia Federal e as Polícias Civis dos Estados para o
fortalecimento das instituições.
O
ministro anunciou a criação de cinco núcleos permanentes de inteligência e
operação com foco especialmente no combate ao narcotráfico. Os núcleos estarão
nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, os maiores consumidores de drogas do
país, e também no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – esses são as
portas para entrada de drogas no país.
“Segurança
pública não é só uma questão de polícia, é um erro culpar a polícia pelas
questões de criminalidade”, afirmou o ministro, ressaltando a importância de
agir com rapidez e inteligência.
O
ministro citou como exemplo de eficiência a investigação da morte do soldado da
Força Nacional de Segurança Hélio Andrade, morto semana passada ao entrar por
engano na Vila do João, favela da zona Norte. Andrade estava no Rio para
reforçar o esquema de segurança da Olimpíada. Os criminosos, no entanto, ainda
estão soltos.
http://www.otempo.com.br/capa/brasil/pa%C3%ADs-precisa-de-mais-armas-e-menos-pesquisa-diz-ministro-1.1356694
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