A mão invisível de Dilma foi
vital no ouro de Rafaela
No jornalismo de guerra que
a plutocracia usa contra qualquer coisa remotamente parecida com esquerda, foi
escondida ou simplesmente suprimida a informação de que Rafaela Silva foi
beneficiada por um programa social criado por Dilma, o Bolsa Pódio.
Funciona assim: você não dá
nada que possa ser positivo para seu inimigo. Você não dá sequer a verdade,
como no caso da bolsa dada a atletas pobres como Rafaela.
Ninguém na imprensa lembrou,
por exemplo, que a Olimpíada foi uma conquista pessoal de Lula. Graças a Lula,
a Globo faturou com os jogos 1,5 bilhão de reais, mas a cultura jornalística da
casa é tão perniciosa que a origem da Rio 2016 obliterou Lula.
Rir ou chorar?
Rir. Montaigne, em seus
Ensaios, contrapôs dois sábios da Antiguidade. Um deles, diante da miséria
humana, chorava. O outro ria. Montaigne recomendava a segunda alternativa: rir.
Riamos, então.
Fora a canalhice da mídia, o
caso Rafaela mostra que os programas sociais devem ser, todos eles, ampliados.
No esporte, e não só nele.
Uma sociedade tão
brutalmente injusta e desigual brasileira só vai se tornar decente com a
expansão e continuidade de programas sociais.
Mas Temer, o indesejado,
acena exatamente com o contrário.
É preciso registrar ainda
como o PT foi ruim na divulgação de programas como o Bolsa Pódio.
600 milhões por ano em
publicidade federal na Globo e jamais o Bolsa Pódio foi citado nem em
propaganda e nem, muito menos, editorialmente em nenhuma das múltiplas mídias
dos Marinhos.
Perdemos todos com isso.
Rafaela ganhou — mas a mão
de Dilma estava presente também. Mão invisível, como a mídia a trata, mas
fundamental.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-jornalismo-de-guerra-da-midia-suprimiu-o-fato-de-que-rafaela-foi-favorecida-por-um-programa-de-dilma-por-paulo-nogueira/
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