Basta
dos abusos e arbitrariedades do Gilmar Mendes: impeachmentjá!
Se
fosse preciso descrever as características que um ser humano em hipótese alguma
deveria possuir para exercer o cargo de juiz, o modelo irretocável seria Gilmar
Mendes.
Gilmar
é o exemplar mais perfeito do anti-juiz, do anti-magistrado. Ele é uma enciclopédia
do anti-Direito. A Enciclopédia Gilmar do anti-Direito deveria ser de
distribuição obrigatória aos estudantes de todas faculdades de Direito do país,
ainda na fila de matrícula para o curso.
Gilmar
não age por impulso, age com consciência. Ele é um empreendedor ideológico do
fascismo que está se plasmando no sistema jurídico brasileiro. Criou sua
própria escola, o Instituto do Direito Público, para disseminar sua corrente de
pensamento e formar as novas lideranças jurídicas da oligarquia reacionária –
Kim Kataguiri, o soturno líder do MBL, cursa Direito nesta igreja.
Gilmar
não tem equilíbrio, isenção, imparcialidade e ética para ser funcionário
público, quanto menos para ser juiz. E menos condições ainda para ser juiz da
mais alta Corte da sétima economia do planeta.
Falta-lhe,
sobretudo, o recato e a parcimônia esperada de juízes. E sobram-lhe
extravagância e boçalidade. Certa vez seu ex-colega Joaquim Barbosa disse que
Gilmar tem capangas no Mato Grosso. É provável que a arrogância tenha sido lapidada
nessa experiência de vida.
Gilmar
é um militante partidário engajado. É do PSDB, fato conhecido pelas pedras de
Brasília. Chegou ao STF menos por méritos jurídicos e mais por identidade e
lealdade ideológica. Em 2001, deixou de ser Advogado-Geral do FHC para ser
promovido a líder partidário tucano no Supremo.
Ele,
incrivelmente, não sofre impeachment por atuar fora-da-lei da Magistratura, por
ferir o Código de Ética da Magistratura e por violentar a Constituição, e está
sempre em busca dum protagonismo político ainda maior. É o que se observa na
compulsão por aparecer, que faz intrometer-se, comicamente, até em assuntos da
política externa, como o golpe na Turquia.
Gilmar
é um ativista tucano internacionalista. Em março passado, patrocinado pela FIESP,
FECOMÉRCIO/R J, CNI, FGV, OAB, FIESP [as entidades sócias do golpe], ele levou
seu Instituto a Portugal para promover e divulgar internacionalmente o golpe.
Diligente como só ele, é claro que não esqueceu de incluir na programação o
Toffoli, o Serra, o Aécio, o Temer.
Gilmar
é um sujeito destemido e intimidador [um parêntesis: para entender este traço
da sua personalidade, é impossível não evocar outra vez aquele modo de vida
mato-grossense, entre capangas e jagunços...]. Ele peita os adversários e assume
posições pró-tucanas com um descaramento assombroso. A coleção de feitos
pró-PSDB-PMDB-DEM-PTB-PP é tão extensa quanto os feitos anti-PT.
Agora
Gilmar foi radical, determinando a abertura de processo para cassar o registro
do PT. Essa medida equivale a pedir a proscrição, a extinção do partido. Ele
argumenta que “há vários indicativos de que o Partido dos Trabalhadores foi
indiretamente financiado pela Petrobrás”, porque recebeu contribuições
eleitorais de empresas implicadas na Lava Jato.
Isso
é risível e absurdo numa democracia séria, porque é uma indignidade de moleque,
de provocador, de conspirador fascista; jamais deveria ser admitida.
Como
não conseguem derrotar o PT nas urnas, mesmo com a caçada implacável ao Lula,
engendram manobras fascistas nas instituições de Estado – no Poder Judiciário,
no MP, na PF – aparelhadas para o extermínio dos adversários, tratados como
inimigos que devem ser aniquilados.
Gilmar
deveria desvestir a toga e trajar a camiseta tucana que usa por baixo do
disfarce jurídico. Que dispute eleições e tente realizar o sonho de entrar na
política, o sonho de pertencer, junto com sua corja fascista, à “assembléia
geral de bandidos comandada pelo bandido Eduardo Cunha”, como a imprensa
internacional chama a Câmara dos Deputados.
É
inconcebível que Gilmar Mendes, juiz sem-votos do STF, continue atuando
política e partidariamente, como se fosse detentor de mandato popular. A
permanência dele no STF é fator de desestabilização do ambiente político e
degradação do Judiciário brasileiro.
Gilmar
é um sujeito sem limites e sem freios, que ultrapassa todos os limites
toleráveis pela democracia e pela Constituição brasileira. Ele tem de ser
demitido do serviço público, a bem do interesse público.
Para
não se auto-extinguir, o PT tem de reagir energicamente a mais esta infâmia
fascista. O PT tem a responsabilidade de unir as consciências democráticas do
país e propor o julgamento doi mpeachment de Gilmar Mendes pelo Senado da
República, nos termos do artigo 52 da Constituição Federal.
A
luta contra o golpe é indissociável da luta contra a ameaça fascista e em
defesa do Estado Democrático de Direito.
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/jefersonmiola/248239/Gilmar-ultrapassou-todos-os-limites-basta!.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário