A jornalista Helena Chagas
publica hoje, no site Os Divergentes, artigo onde diz que “A estratégia dos
acusadores de Lula agora é outra. Querem julgá-lo, condená-lo e torná-lo
inelegível antes das eleições de 2018”.
Ela avalia que, em razão da
reação à “condução coercitiva” de Lula pela Polícia Federal e pelo fato de o
ex-presidente se considerar à frente das pesquisas eleitorais, ” são mínimas, a
esta altura, as chances de o ex-presidente Lula ser levado à prisão preventiva
ou temporária pelos investigadores da Lava Jato”.
A ideia seria, então,
arranjar um julgamento rápido e uma condenação que tornasse o líder petista
inelegível. “Se vão conseguir, aí são
outros quinhentos”, diz ela.
A denúncia mais avançada que
existe hoje contra Lula é a do Ministério Público do DF, por tentativa de
comprar o silêncio de Nestor Cerveró e atrapalhar as investigações da Lava
Jato. Mas ela ainda não foi aceita pela Justiça e seu julgamento poderá levar
algum tempo, sobretudo até chegar à segunda instância, tornar o ex-presidente
inelegível e condená-lo, quem sabe, a cumprir pena preso.
Chagas afirma que “a turma
de Curitiba, liderada por Sérgio Moro”, até agora, não tem elementos
suficientes para uma condenação do ex-presidente porque casos como o do sítio de Atibaia, o
apartamento do Guarujá e a guarda do acervo presidencial só poderiam “servir
para outras acusações menores”.
Mas ela crê que “em algum
momento, Lula será condenado e, possivelmente, terá contra ele um pedido de
prisão , ainda que de poucos anos e atenuado por medidas alternativas de
cumprimento da pena.”, apesar de ter dúvidas de que isso possa ser confirmado
após recursos e, com isso, torná-lo inelegível.
Apenas uma coisa é certa:
nunca antes neste país um sujeito desarmado provocou tanto medo.
Como se vê, a Justiça
tornou-se um aparelho político. E, com “sorte”, também eleitoral.
Por Fernando Brito
http://www.tijolaco.com.br/blog/helena-chagas-estrategia-e-tornar-lula-inelegivel/
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