Um
amigo do DCM com boas conexões em Brasília enviou o texto abaixo:
A
direção de redação de Brasília do jornal Valor Econômico baixou uma ordem aos
seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma
Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa. (O Valor
é uma sociedade entre a Globo e a Folha.)
Isso
significa veto a qualquer apuração para se comprovar a veracidade ou a mentira
de informações produzidas pela turma de oportunistas que se aproveitou do golpe
para chegar ao poder. Um exemplo é a manipulação dos números que deram origem
ao anúncio do “rombo” de R$ 170 bilhões nos cofres públicos anunciado pelo
ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles. Não é apenas censura nos
mesmos moldes da ditadura – é proibir os jornalistas de pensarem e questionarem
o que está sendo feito.
Exemplo
concreto é o silêncio imposto nas reportagens e análises sobre o fato de o novo
presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ser um dos maiores acionistas do
Banco Itaú – um dos que mais ganham com os juros da dívida pública.
O
jornal impõe o que interessa aos endinheirados e seus representantes: os gastos
sociais (Saúde, Educação, Bolsa Família etc.) são altos demais – e precisam ser
cortados, para preservar a fortuna diária que vaza para os cofres do setor financeiro.
A
ordem é abrir espaços no jornal para toda e qualquer notícia relacionada ao
presidente provisório Michel Temer. Exceto, é claro, quando ele é relacionado
com um dos mentores do golpe, Eduardo Cunha.
Fonte. O
Essencial
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/jornalistas-do-valor-se-queixam-de-pressoes-da-direcao-para-falar-mal-de-dilma/
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