O Globo publica hoje,
candidamente, que o Supremo vai esperar a queda de Dilma para não ter de julgar
o ato de nomeação de Lula, há quase dois meses, para a chefia da Casa Civil.
“A tendência é o Tribunal adiar o
julgamento até Dilma deixar o cargo, com o processo de impeachment. Dessa
forma, a nomeação não seria mais uma questão a ser analisada pelo Judiciário,
porque a presidente não estaria mais no comando. O caso chegou a ser pautado no
último dia 20, mas os ministros do STF avaliaram que o melhor era mesmo adiar a
decisão até a definição sobre o processo de afastamento da presidente.”
Tradução simples e direta. O
Tribunal concedeu a Gilmar Mendes o direito de cassar os direitos políticos de
Lula, tornando-o “inomeável” para cargo público.
Porque decisão de qualquer
ministro do STF, por conta de uma esdrúxula decisão tomada há dois anos, não é
mais passível daquilo que a Constituição prevê contra a ação arbitrária de
qualquer autoridade: o habeas-corpus. Qualquer autoridade, exceto um ministro
do Supremo.
Assim, graças a esta – como se vê
agora – conveniente prevaricação – ou destas, porque também não examinou o
pedido de afastamento de Eduardo Cunha.
Uma Corte, está a se notar,
absolutamente técnica e apolítica.
http://www.tijolaco.com.br/blog/confessada-ivisao-de-tarefas-entre-os-poderes-cunha-cuida-de-dilma-stf-de-lula/
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