Ídolos
com pés de barro são aqueles que se colocam ou são colocados num pedestal sem o
suficiente suporte e merecimento para tanto. Embora dotados de pequenez
intelectual, passam a ser adorados por um séquito de pessoas cuja pobreza de
espírito lhes traz uma necessidade doentia de terem um ídolo ao qual possam
seguir cegamente, destituídos que são de decidirem sozinhos sobre seus próprios
destinos. E assim juntos, acabam criando uma espécie de sociedade fictamente
ideal e superior.
Acontece
que a transitoriedade é a principal característica dos ídolos com pés de barro.
Pela fragilidade da base que lhe dá sustentação eles estão predestinados a ruir
e quebrar em mil pedaços frente a mais leve brisa contestatória ou
investigatória. E então restarão tão somente milhares de cacos que nunca mais eles
conseguirão remendar.
Pois
no Brasil, os denominados "coxinhas" já criaram e adoraram uma série
de ídolos que o tempo acabou revelando terem os pés de barro.
Já
tivemos um promotor que batia e torturava a mulher, promotores que tentaram
demonstrar uma erudição que não possuíam e acabaram no ostracismo
ridicularizados e apelidados de "os três patetas", uma advogada que
assinou um pedido de impeachment de Dilma e depois deu demonstrações públicas
de ódio, destempero e agressividade, um juiz que, além de atropelar a lei,
fotografa sua própria máscara, revelando ser prisioneiro do pecado da vaidade e
agora um ex-ministro do STF que aparece em uma lista denominada Panama Papers, nome
dado ao vazamento de 11,5 milhões de documentos do escritório de advocacia
panamenho Mossack Fonseca, fato que por si só, em princípio não configura
crime, mas que demonstra que ainda que a transação tenha sido legal, surgem
dúvidas sobre sua eticidade e moralidade.
Isso
porque a Mossack Fonseca “é uma empresa de gestão financeira com sede no Panamá,
paraíso fiscal por onde circulam trilhões de dólares oriundos do narcotráfico,
da corrupção, do comércio de armas, da lavagem de dinheiro e, também, de
dinheiro limpo em busca do discutível privilégio da isenção fiscal, advindo daí
a expressão “paraíso” (Jeferson Miola).
Por
outro lado, apesar de estar constantemente submetido a uma espécie de pelotão
de fuzilamento formado pela grande mídia golpista com seus petardos caluniosos,
difamatórios e injuriosos, Lula, com sua sabedoria sem firulas retóricas,
continua arrastando multidões para as manifestações em que se apresenta para
proferir seus discursos carismáticos e certeiros, com sua linguagem simples que
fala diretamente com a mente e o coração principalmente das camadas mais
simples da população. Aliás, dizem as estatísticas que o PT é o único partido
atualmente, que tem aumentado o número de filiações, significando que esta
perseguição implacável ao partido está surtindo efeito contrário ao desejado.
É
pessoal, a vida não está nada fácil para os fascistas golpistas. Seus ídolos,
conforme já vaticinou Dilma Rousseff, não resistem a uma simples pesquisa no
Google. Praticamente todos os ídolos eleito pela direita na verdade, são santos
com os pés de barro. A cada dia fica demonstrado que a aura da moralidade que
lhes querem atribuir, além de ilusória, é muito pesada para eles e facilmente
se esboroa diante de qualquer investigação fática minimamente honesta, eis que
as bases sobre as quais querem construí-la, são frágeis e não lhes dão
sustentação.
Assim
como os argumentos por si só não se sustentam sem uma boa base filosófica que
lhes dê fundamento, também as imagens de pessoas equivocadamente santificadas e
idolatradas não permanecem em pé, e são facilmente infirmadas quando
construídas sobre os terrenos pantanosos da vaidade, da imoralidade mal
disfarçada, do ódio, da agressividade e da mentira.
Jorge
André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
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