“A
OAB não tem muita credibilidade há muito tempo. As minhas críticas à OAB são
constantes”, disse. “A OAB é um cartel, é um cartel de uma eleição indireta, de
uma série de poder feito com movimento de milhões sem fiscalização. Então, a
OAB tem que ser questionada em muitos pontos dela, a OAB precisa ser mais
transparente”.
Os
conceitos aí de cima são de Eduardo Cunha, o tolerado, em resposta ao fato de a
OAB ter encomendado ao Datafolha a pesquisa de opinião pública sobre
financiamento privado empresarial às campanhas eleitorais, do qual tratei no
post anterior.
Aí está
no que deu a entidade dos advogados ter se deixado levar por um relativismo moral que deixou as
regras do Estado de Direito serem violadas grosseiramente por razões políticas
e midiáticas.
Qualquer
desclassificado moral, como Eduardo Cunha, sente-se no direito de esbofeteá-la.
Afinal,
respeito à legalidade e à normalidade dos processos jurídicos não foram deixados
como coisas menores, tantas vezes?
O
cinismo de Cunha, ao dizer que não se perguntou à população se concorda em que
se tire “o dinheiro que pode ir para a saúde, para a educação, ir para campanha
política” nunca foi contestado com coragem de dizer que o dinheiro empresarial
que vai para as campanhas políticas não vai – e poderia ir – “para a saúde,
para a educação” porque as empresas sonegam ou evitam impostos e ainda choram
pela “maldita” carga tributária, que lhes dói enquanto, de fato, machuca os pobres.
A
OAB vai aceitar ser tratada desta forma
ou vai se insurgir contra o déspota que contola nosso parlamento?
Ou
será que a última fortaleza do Direito, depois de abrir suas portas para tantos
atropelos, tem forças para resistir ao seu próprio atropelamento?
http://tijolaco.com.br/blog/?p=28117

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