Infelizmente
os anos de 2.012 e 2.013, foram aqueles em que eu perdi a crença no poder
judiciário no qual até então eu depositava toda a confiança. Eu era até chamado
de inocente por alguns colegas advogados quando defendia a imparcialidade de
nossos juízes e tribunais com unhas e dentes. Pois eu acabei me desiludindo e
para meu estupor, esta desilusão adveio justamente daquele que eu imaginava ser
o nosso mais alto tribunal, de onde deveriam emanar as decisões plenas de
sabedoria, equilíbrio e razoabilidade.
Para
minha decepção, aquele tribunal que deveria ser o farol norteador de todo o
restante das instâncias inferiores do judiciário, liderado por Joaquim Barbosa
e outros ministros que em tese, deveriam ser dotados do tal de notável saber
jurídico, acabou se vergando às injunções políticas, deixou aflorar suas
vaidades diante dos holofotes da mídia e condenou sem provas jogando no lixo
séculos de avanço no que tange ao direito material e processual penal.
Bibliotecas inteiras e teorias centenárias que visavam salvaguardar o indivídio
da ingerência do estado conforme acontecia na época da inquisição e do
absolutismo foram destruídas como se fossem castelos de areia.
Dói
mais ainda quando vejo boa parte da população incauta aplaudir, sem ter a noção
de que, como eu já tenho falado repetidamente, tais decisões inquisitórias
acabam ao final, prejudicando justamente as camadas mais pobres e desprotegidas
da população. Na verdade, eles estão aplaudindo a chegada da guilhotina que
amanhã irá lhes decepar o pescoço.
De
qualquer maneira, espero que o tempo passe, transite em julgado e varra a
lembrança nefasta destes ministros desprezíveis jogando-os no lugar onde
merecem: a lata de lixo da história.
Jorge
André Irion Jobim
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