Os detentores do poder apenas arquitetam as guerras. Para levá-las a efeito fazendo o papel de sujar as mãos e as consciências com milhares de agressões e mortes de outros seres humanos, eles dispõem de braços armados devidamente adestrados, geralmente em cima dos dois pilares básicos da hierarquia e disciplina.
Como bons arquitetos, eles labutam para construí-las sobre as bases sólidas da legitimidade da população que irá sofrer as consequências das guerras por eles engendradas. Assim sendo, elaboram complexas construções teóricas e ideologias que eles afirmam serem as melhores e superiores àquelas dos povos a serem combatidos. Apoderam-se de palavras bonitas como liberdade e democracia e as transformam em estrelas-guias que irão conduzir milhares de soldados em direção à morte. Tudo em nome destas abstrações de conteúdo vazio. O patriotismo é utilizado como uma espécie de substância inebriante que leva as pessoas a cumprirem as ordens de agressão e morte sem qualquer discussão ética ou moral.
E os inimigos? Ah, esses serão jogados todos dentro de um mesmo saco que será carimbado com um termo estigmatizante qualquer que cause temor na população incauta. Depois a mídia venal irá se encarregar de potencializar ao máximo este pavor. Ai daqueles que se atreverem a obstaculizar o caminho dos senhores da guerra, pois contra eles serão utilizados os mais sofisticados instrumentos de destruição moral e física.
No decurso da história foram muitos aqueles considerados inimigos públicos número um, entre eles, os hereges, as bruxas, os judeus e os comunistas. Atualmente são os denominados “terroristas” que para serem assim considerados devem preencher alguns requisitos essenciais como ter uma religião, uma cultura, uma visão de mundo diferente, e, o principal, que é viver em um país que possua alguma riqueza que encha os olhos e desperte a cupidez das nações imperialistas.
Felizmente hoje em dia, as informações estão ao alcance da grande maioria da população, possibilitando com que as pessoas tenham o discernimento necessário para não acreditarem mais nestes falsos valores cujo único objetivo é servirem de instrumentos de manipulação.
Aliás, o grande receio dos detentores do poder é que a educação fique ao alcance dessa multidão de pessoas que eles tratam como gado, pois temem que ela venha afastar a escuridão e a névoa que lhe turva a visão e então possa divisar com clareza toda a verdade que lhes está sendo escamoteada.
Perante a luz, não conseguirão maquiar mais a face horrenda da realidade e deste momento em diante, irmão não irá querer atirar ou descer o cacetete em outro irmão baseado no só fato de que existe uma ordem superior que assim lhes determina. Eles se negarão a cumprir ordens de cuja legitimidade eles não acreditem, até porque legalidade nem sempre se harmoniza com justiça.
E quando um dia isso ocorrer, aqueles que se negarem a apertar gatilhos e apertar botões de armas mortíferas contra seus semelhantes, compreenderão o absurdo a que estavam sendo submetidos e voltarão seus olhos justamente para aqueles que ousaram dar estas ordens macabras. E nesse dia então, eles que se cuidem, pois se darão conta tardiamente de que um novo mundo estava se avizinhando. Vai ser como diz a canção Aroeira de Geraldo Vandré: “madeira de dar em doido vai descer até quebrar; é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Publicado no Portal de Luis Nassif
http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/a-arquitetura-das-guerras
Publicado no Centro de Mídia Independente
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/11/500063.shtml
Como bons arquitetos, eles labutam para construí-las sobre as bases sólidas da legitimidade da população que irá sofrer as consequências das guerras por eles engendradas. Assim sendo, elaboram complexas construções teóricas e ideologias que eles afirmam serem as melhores e superiores àquelas dos povos a serem combatidos. Apoderam-se de palavras bonitas como liberdade e democracia e as transformam em estrelas-guias que irão conduzir milhares de soldados em direção à morte. Tudo em nome destas abstrações de conteúdo vazio. O patriotismo é utilizado como uma espécie de substância inebriante que leva as pessoas a cumprirem as ordens de agressão e morte sem qualquer discussão ética ou moral.
E os inimigos? Ah, esses serão jogados todos dentro de um mesmo saco que será carimbado com um termo estigmatizante qualquer que cause temor na população incauta. Depois a mídia venal irá se encarregar de potencializar ao máximo este pavor. Ai daqueles que se atreverem a obstaculizar o caminho dos senhores da guerra, pois contra eles serão utilizados os mais sofisticados instrumentos de destruição moral e física.
No decurso da história foram muitos aqueles considerados inimigos públicos número um, entre eles, os hereges, as bruxas, os judeus e os comunistas. Atualmente são os denominados “terroristas” que para serem assim considerados devem preencher alguns requisitos essenciais como ter uma religião, uma cultura, uma visão de mundo diferente, e, o principal, que é viver em um país que possua alguma riqueza que encha os olhos e desperte a cupidez das nações imperialistas.
Felizmente hoje em dia, as informações estão ao alcance da grande maioria da população, possibilitando com que as pessoas tenham o discernimento necessário para não acreditarem mais nestes falsos valores cujo único objetivo é servirem de instrumentos de manipulação.
Aliás, o grande receio dos detentores do poder é que a educação fique ao alcance dessa multidão de pessoas que eles tratam como gado, pois temem que ela venha afastar a escuridão e a névoa que lhe turva a visão e então possa divisar com clareza toda a verdade que lhes está sendo escamoteada.
Perante a luz, não conseguirão maquiar mais a face horrenda da realidade e deste momento em diante, irmão não irá querer atirar ou descer o cacetete em outro irmão baseado no só fato de que existe uma ordem superior que assim lhes determina. Eles se negarão a cumprir ordens de cuja legitimidade eles não acreditem, até porque legalidade nem sempre se harmoniza com justiça.
E quando um dia isso ocorrer, aqueles que se negarem a apertar gatilhos e apertar botões de armas mortíferas contra seus semelhantes, compreenderão o absurdo a que estavam sendo submetidos e voltarão seus olhos justamente para aqueles que ousaram dar estas ordens macabras. E nesse dia então, eles que se cuidem, pois se darão conta tardiamente de que um novo mundo estava se avizinhando. Vai ser como diz a canção Aroeira de Geraldo Vandré: “madeira de dar em doido vai descer até quebrar; é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Publicado no Portal de Luis Nassif
http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/a-arquitetura-das-guerras
Publicado no Centro de Mídia Independente
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/11/500063.shtml
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