“Amigos presos, amigos sumindo assim”. Por ter quase que toda a minha vida marcada pela música,foi esta a frase que me veio à mente na noite do dia 29 de Novembro, quando recebi a notícia da morte de meu amigo e parceiro Adonis. Só que ele, ao contrário da canção que se refere a pessoas presas durante uma ditadura militar, estava aprisionado pela odiosa ditadura do vício, bem mais terrível do que a primeira, eis que não aprisiona apenas o nosso corpo; alquebra também a nossa mente e o nosso espírito, retirando-nos totalmente a dignidade e transformando-nos em trapos humanos.
Ele que foi uma pessoa que durante tanto tempo alegrou os ambientes em que atuava como músico e que provavelmente tenha despertado momentos de romantismo e magia para as milhares de pessoas que o escutaram, teve um enterro simples, acompanhado apenas pelos familiares e pelos poucos amigos que insistiam até os últimos momentos em tentar retirá-lo do nefasto mundo do vício.
Ele não é o meu primeiro amigo que tem a vida abreviada pelo álcool e outras drogas. Outros já se foram precocemente quando, pelo talento que possuíam, poderiam ainda estar colorindo a vida com suas canções. Sim, pois a perda de um músico significa mais um instrumento que se cala e conseqüentemente, acarreta uma perda irreparável para esse nosso mundo insano. Mundo que permite que a violência e o vício acabem levando pessoas que por terem espíritos mais sensíveis, não afeitos à esterilidade e a dureza da vida, muitas vezes procurem refúgio nos lugares e substâncias erradas.
Adeus velho amigo. Infelizmente perdemos esta batalha. De qualquer forma, em teu descanso eterno, estarás em um ambiente bucólico, próximo da barragem do DNOS, lugar que tanto gostavas de ir com teus amigos mais próximos pescar e tocar violão.
Tu foste tão comunicativo, ao menos enquanto o vício não te prostrou ao chão. Quem sabe agora, longe das substâncias que te derrotaram, tu não possas ficar amigo do vento que costuma soprar incessante aí nos altos do Campestre Menino Deus e, para matar a saudade, junto com ele possas entoar canções que as pessoas da localidade ouvirão durantes as noites e inexplicavelmente não saberão dizer de onde vêm.
Até qualquer dia. Ficarás na lembrança dos teus velhos parceiros de música.
Ele que foi uma pessoa que durante tanto tempo alegrou os ambientes em que atuava como músico e que provavelmente tenha despertado momentos de romantismo e magia para as milhares de pessoas que o escutaram, teve um enterro simples, acompanhado apenas pelos familiares e pelos poucos amigos que insistiam até os últimos momentos em tentar retirá-lo do nefasto mundo do vício.
Ele não é o meu primeiro amigo que tem a vida abreviada pelo álcool e outras drogas. Outros já se foram precocemente quando, pelo talento que possuíam, poderiam ainda estar colorindo a vida com suas canções. Sim, pois a perda de um músico significa mais um instrumento que se cala e conseqüentemente, acarreta uma perda irreparável para esse nosso mundo insano. Mundo que permite que a violência e o vício acabem levando pessoas que por terem espíritos mais sensíveis, não afeitos à esterilidade e a dureza da vida, muitas vezes procurem refúgio nos lugares e substâncias erradas.
Tu foste tão comunicativo, ao menos enquanto o vício não te prostrou ao chão. Quem sabe agora, longe das substâncias que te derrotaram, tu não possas ficar amigo do vento que costuma soprar incessante aí nos altos do Campestre Menino Deus e, para matar a saudade, junto com ele possas entoar canções que as pessoas da localidade ouvirão durantes as noites e inexplicavelmente não saberão dizer de onde vêm.
Até qualquer dia. Ficarás na lembrança dos teus velhos parceiros de música.
AMIGO. Música e letra de Jorge André Irion Jobim
Jorge André Irion Jobim. Músico
Jorge André Irion Jobim. Músico
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