Ao assistir a entrevista exclusiva que o presidente Lula concedeu aos blogueiros progressistas de todo o Brasil, tive a impressão de que estava diante de um momento histórico, que finalmente alguma coisa nova estava acontecendo no mundo das comunicações e que o poderio econômico dos grandes conglomerados que monopolizam esta área tão importante, está começando a se desmoronar. Aliás, foi uma das entrevistas mais brilhantes que eu já tive oportunidade de assistir. Lula, sem a necessidade de se preocupar com questões eleitorais, consegue nos prender do início ao fim, passando uma transparência e sinceridade que somente uma pessoa talhada pela escola da vida e com um carisma pessoal tão grande consegue transmitir. Ouso dizer que qualquer pessoa que tenha alguma pretensão no campo da política deve assistir a entrevista e haurir dali as lições incomparáveis que ela contém.
Para dar ares de certeza à minha primeira impressão, alguns dias depois, tão logo começaram os distúrbios entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, incomodado com as cenas dantescas de violência que passavam pela televisão, escrevi um artigo no qual eu manifestava minha discordância com as palavras que eram ditas pelo apresentador durante a transmissão e o enviei aos vários sites e blogs para os quais costumo escrever. Pelo fato de eu estar nadando contra a corrente das opiniões televisivas que apregoavam um apoio unânime da população à violência das forças de repressão, eu imaginei que receberia severas críticas pelo conteúdo de meu texto. Pois não foi o que aconteceu. Recebi diversos e mails, inclusive de ativistas do Rio me agradecendo por ter “coragem de contrariar a ideologia dos que pensam segurança pública como sendo segurança própria e impõem esta lógica que divide a população colocando uns contra os outros enquanto os detentores do poder econômico continua a lucrar”. Vários deles me comunicaram que na verdade, essa história de apoio irrestrito da população às ações desenvolvidas nos morros cariocas não é verdadeira.
Busquei artigos de outros autores independentes a respeito do assunto e mais feliz fiquei quando vi que em sua maioria, todos iam ao encontro da minha tese e afirmavam que a força bruta e denuncismo não é a solução para a violência no Rio ou em qualquer outro lugar do Brasil.
Fiquei maravilhado ao ver que o mundo virtual ao qual eu tanto resisti a aderir, só o fazendo por força das palavras de incentivo de meu filho que dizia que eu deveria expandir minhas ideias, é o instrumento que vai conseguir finalmente, mostrar os fatos sob todos os seus ângulos.
É isso aí. É hora de deixarmos de surfar as ondas da superficialidade e dos achismos que nos impunham os grandes meios de comunicação. Devemos mostrar a eles que além de opiniões com as quais podemos concordar ou não, queremos informações corretas sobre os fatos, sem as manipulações ideológicas a que elas são submetidas antes de serem jogadas para dentro dos nossos lares.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Para dar ares de certeza à minha primeira impressão, alguns dias depois, tão logo começaram os distúrbios entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, incomodado com as cenas dantescas de violência que passavam pela televisão, escrevi um artigo no qual eu manifestava minha discordância com as palavras que eram ditas pelo apresentador durante a transmissão e o enviei aos vários sites e blogs para os quais costumo escrever. Pelo fato de eu estar nadando contra a corrente das opiniões televisivas que apregoavam um apoio unânime da população à violência das forças de repressão, eu imaginei que receberia severas críticas pelo conteúdo de meu texto. Pois não foi o que aconteceu. Recebi diversos e mails, inclusive de ativistas do Rio me agradecendo por ter “coragem de contrariar a ideologia dos que pensam segurança pública como sendo segurança própria e impõem esta lógica que divide a população colocando uns contra os outros enquanto os detentores do poder econômico continua a lucrar”. Vários deles me comunicaram que na verdade, essa história de apoio irrestrito da população às ações desenvolvidas nos morros cariocas não é verdadeira.
Busquei artigos de outros autores independentes a respeito do assunto e mais feliz fiquei quando vi que em sua maioria, todos iam ao encontro da minha tese e afirmavam que a força bruta e denuncismo não é a solução para a violência no Rio ou em qualquer outro lugar do Brasil.
Fiquei maravilhado ao ver que o mundo virtual ao qual eu tanto resisti a aderir, só o fazendo por força das palavras de incentivo de meu filho que dizia que eu deveria expandir minhas ideias, é o instrumento que vai conseguir finalmente, mostrar os fatos sob todos os seus ângulos.
É isso aí. É hora de deixarmos de surfar as ondas da superficialidade e dos achismos que nos impunham os grandes meios de comunicação. Devemos mostrar a eles que além de opiniões com as quais podemos concordar ou não, queremos informações corretas sobre os fatos, sem as manipulações ideológicas a que elas são submetidas antes de serem jogadas para dentro dos nossos lares.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Publicado no site
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/11/481670.shtml
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