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Por muitos anos atuei como músico de casas noturnas. Eram os denominados cabarés, dancings, boites e congêneres.
Muitas delas tinham uma duração muito efêmera, sendo que outras sobreviviam ao tempo e às mudanças na conjuntura econômica. Ao final, acabavam se tornando lendárias entre o pessoal que costuma freqüentar a vida noturna.
O diferencial estava na forma de dirigir estes estabelecimentos, na simpatia da cafetina (já que geralmente eram mulheres) e em sua capacidade de enfrentar os mais diversos tipos de problemas, tais como a interferência de policiais, divergências entre as meninas da casa, além de seus problemas íntimos em relação à vida que levavam.
A cafetina tinha que ser, além de uma espécie de grande mãe em relação às suas “meninas”, também uma diplomata para lidar com as interferências externas anteriormente citadas, já que o cabaré, sempre que algum problema aflige uma determinada sociedade, acaba se tornando o inimigo público número um.
Ainda hoje, se o representante da igreja (qualquer uma) esbraveja que há uma total falta de moralidade no seio das famílias, ataca o cabaré. Se um político quer se promover, atribuindo-se uma aura de moralidade, ataca o cabaré. Se um novo delegado quer mostrar serviço, ataca o cabaré.
Acontece que, o religioso, o político, o delegado e outros que detêm qualquer forma de poder político ou espiritual em uma comunidade, no momento em que querem dar vazão aos seus instintos naturais de busca de satisfação sexual, eles também atacam o cabaré, só que aí , de maneira diferente, longe dos olhos daquela sociedade cuja moralidade eles juram defender até a morte, justamente atacando o cabaré.
Aí também entra o jogo de cintura da cafetina, pois terá que ter uma boa atuação no sentido de aceitar ser atacada fora do recinto de seu estabelecimento, e, contraditoriamente, ser afagada e admirada dentro dele, justamente por aquelas mesmas pessoas que costumam estigmatizarem-na do lado de fora. De dia ela passa a ser o demônio, porém à noite, ela é o anjo protetor de todas essas pessoas.
Uma outra grande qualidade ou virtude de uma cafetina, é justamente o de valorizar o trabalho de suas meninas. Saber fazer com que elas não se entreguem por quantia vil ou “por amor” como dizem algumas. Explica a elas que devem fazer seu pé de meia enquanto ainda mantêm o frescor da juventude, e que, se puderem, arranjem um homem que possa lhes dar condições de abandonar a vida de prostituição, já que, muitas vezes, por experiência própria, elas sabem que não é uma vida fácil, ao contrário do que se costuma alardear aos quatro ventos.
E o que tem tudo isso a ver com uma teoria política? É que, vendo o descaso com que as coisas do nosso Brasil são tratadas pelos sucessivos governos, já que são sistematicamente entregues à sanha do capital estrangeiro, aliado aos tantos predicados que são exigidos para que alguém possa dirigir um cabaré, ocorreu-me a ideia de que deveríamos lançar uma cafetina para Presidente da República.
Veja-se que ela, com sua simpatia, conquistaria a comunidade internacional. No plano interno, ela agiria como se fosse uma grande mãe, sempre pronta a afagar ou a repreender no momento certo os seus governados. Teria diplomacia e jogo de cintura para enfrentar o embate de forças internacionais antagônicas que muitas vezes levam aos conflitos armados.
Finalmente, tal como se estivesse protegendo uma de suas meninas, ela valorizaria todas as nossas riquezas intelectuais e materiais, incluídas aí, a nossa arte, principalmente nossa diversidade musical e literária. Também teria a sensibilidade de dar ênfase a toda a nossa riqueza de flora e fauna, protegendo-a das incursões internas e externas, evitando que fosse devastada em nome do capital internacional.
Esta ideia pode parecer absurda à primeira vista. Porém, se pensarmos com carinho, nos sentiremos inexorável e secretamente seduzidos por ela. Bem, eu já tenho dois slogans para as próximas eleições presidenciais. São eles:
1. SE QUERES MUDANÇA URGENTE, UMA CAFETINA PARA PRESIDENTE.
2. PARA O BRASIL VOLTAR ÀS NOSSAS MÃOS, UMA CAFETINA É A SOLUÇÃO.
Estranhos? Pois é. De qualquer forma, estou aceitando críticas e sugestões. Quem tiver uma slogan melhor, ou uma ideia para lapidar minha teoria, entre em contato comigo.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Muitas delas tinham uma duração muito efêmera, sendo que outras sobreviviam ao tempo e às mudanças na conjuntura econômica. Ao final, acabavam se tornando lendárias entre o pessoal que costuma freqüentar a vida noturna.
O diferencial estava na forma de dirigir estes estabelecimentos, na simpatia da cafetina (já que geralmente eram mulheres) e em sua capacidade de enfrentar os mais diversos tipos de problemas, tais como a interferência de policiais, divergências entre as meninas da casa, além de seus problemas íntimos em relação à vida que levavam.
A cafetina tinha que ser, além de uma espécie de grande mãe em relação às suas “meninas”, também uma diplomata para lidar com as interferências externas anteriormente citadas, já que o cabaré, sempre que algum problema aflige uma determinada sociedade, acaba se tornando o inimigo público número um.
Ainda hoje, se o representante da igreja (qualquer uma) esbraveja que há uma total falta de moralidade no seio das famílias, ataca o cabaré. Se um político quer se promover, atribuindo-se uma aura de moralidade, ataca o cabaré. Se um novo delegado quer mostrar serviço, ataca o cabaré.
Acontece que, o religioso, o político, o delegado e outros que detêm qualquer forma de poder político ou espiritual em uma comunidade, no momento em que querem dar vazão aos seus instintos naturais de busca de satisfação sexual, eles também atacam o cabaré, só que aí , de maneira diferente, longe dos olhos daquela sociedade cuja moralidade eles juram defender até a morte, justamente atacando o cabaré.
Aí também entra o jogo de cintura da cafetina, pois terá que ter uma boa atuação no sentido de aceitar ser atacada fora do recinto de seu estabelecimento, e, contraditoriamente, ser afagada e admirada dentro dele, justamente por aquelas mesmas pessoas que costumam estigmatizarem-na do lado de fora. De dia ela passa a ser o demônio, porém à noite, ela é o anjo protetor de todas essas pessoas.
Uma outra grande qualidade ou virtude de uma cafetina, é justamente o de valorizar o trabalho de suas meninas. Saber fazer com que elas não se entreguem por quantia vil ou “por amor” como dizem algumas. Explica a elas que devem fazer seu pé de meia enquanto ainda mantêm o frescor da juventude, e que, se puderem, arranjem um homem que possa lhes dar condições de abandonar a vida de prostituição, já que, muitas vezes, por experiência própria, elas sabem que não é uma vida fácil, ao contrário do que se costuma alardear aos quatro ventos.
E o que tem tudo isso a ver com uma teoria política? É que, vendo o descaso com que as coisas do nosso Brasil são tratadas pelos sucessivos governos, já que são sistematicamente entregues à sanha do capital estrangeiro, aliado aos tantos predicados que são exigidos para que alguém possa dirigir um cabaré, ocorreu-me a ideia de que deveríamos lançar uma cafetina para Presidente da República.
Veja-se que ela, com sua simpatia, conquistaria a comunidade internacional. No plano interno, ela agiria como se fosse uma grande mãe, sempre pronta a afagar ou a repreender no momento certo os seus governados. Teria diplomacia e jogo de cintura para enfrentar o embate de forças internacionais antagônicas que muitas vezes levam aos conflitos armados.
Finalmente, tal como se estivesse protegendo uma de suas meninas, ela valorizaria todas as nossas riquezas intelectuais e materiais, incluídas aí, a nossa arte, principalmente nossa diversidade musical e literária. Também teria a sensibilidade de dar ênfase a toda a nossa riqueza de flora e fauna, protegendo-a das incursões internas e externas, evitando que fosse devastada em nome do capital internacional.
Esta ideia pode parecer absurda à primeira vista. Porém, se pensarmos com carinho, nos sentiremos inexorável e secretamente seduzidos por ela. Bem, eu já tenho dois slogans para as próximas eleições presidenciais. São eles:
1. SE QUERES MUDANÇA URGENTE, UMA CAFETINA PARA PRESIDENTE.
2. PARA O BRASIL VOLTAR ÀS NOSSAS MÃOS, UMA CAFETINA É A SOLUÇÃO.
Estranhos? Pois é. De qualquer forma, estou aceitando críticas e sugestões. Quem tiver uma slogan melhor, ou uma ideia para lapidar minha teoria, entre em contato comigo.
Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
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