A
nova denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra Lula, em São
Paulo, é mais um capítulo vergonhoso de perseguição movida por um poder de
estado contra um cidadão despido de todos seus direitos. Não um cidadão
qualquer, mas uma das personalidades políticas mais respeitadas fora deste país
liliputiano.
Trata-se
daquelas denúncias que não se sustentam nem sob a ótica da verossimilhança.
Segundo
reportagem do Estadão, em 2011 e 2012 – portanto, sem ter nenhum
cargo público – Lula teria intercedido por uma empresa brasileira junto ao
presidente da Guiné Equatorial. Qual a acusação a Lula? O de ter influenciado o
presidente de outro país no exercício de sua função! Não era Lula no exercício
da sua função, mas o presidente da Guiné Equatorial. Lula o influenciou como?
Não foi com propina, caixa 2, mas com seu prestígio pessoal, na condição de
ex-presidente da República, não de um Presidente no gozo de seu mandato.
Em
2016 – ou seja, 4 anos depois! – houve uma doação de R$ 1 milhão da empresa ao
Instituto Lula. A única "prova" que une tudo é um e-mail de Miguel
Jorge ao Instituto, em 2011, dizendo da intenção da empresa em contribuir com o
Instituto.
No
final do processo, qualquer juiz isento desqualificará a denúncia. Como a
desqualificaria qualquer procurador que colocasse a busca da justiça acima do
jogo político.
Mas
o objetivo político mais uma vez estará alcançado.
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