Enquanto
investe uma fortuna na compra de deputados e presenteia a cloaca empresarial
com várias benesses, a quadrilha de Michel Temer vai solapando os poucos
avanços sociais dos últimos anos. Só no mês passado, o covil golpista reduziu
em 543 mil o número de famílias beneficiárias do “Bolsa Família”. Já o programa
“Minha Casa, Minha Vida” está parado, prejudicando até os “coxinhas” da tal
classe média que participaram das marchas golpistas pelo impeachment de Dilma
Rousseff. Em outras áreas sociais, o desastre também é assustador. Na
quinta-feira passada (10), o jornal Agora estampou no título: “Falta de kits do
Ministério da Saúde paralisa exames de HIV em São Paulo”.
A
matéria, assinada pela jornalista Janaína Ribeiro, dá alguns detalhes desta
crueldade. “A falta de kits para exame de carga viral distribuídos pelo
Ministério da Saúde afeta todos os 14 centros de referência de São Paulo para
tratamento de HIV. São os chamados SAE (Serviço de Atendimento Especializado).
Os pacientes em tratamento do vírus devem fazer os testes a cada seis meses
para monitorar a infecção. Sem se identificar, a reportagem entrou em contato
com os 14 centros de atendimento da capital e a informação é de que não há
previsão para o retorno dos exames, suspensos pelo governo federal. Em alguns
casos, pacientes estão há três meses sem o atendimento, a exemplo do SAE M'Boi Mirim”.
Segundo
o professor Francisco Aoki, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, o
exame de carga viral é indispensável para salvar inúmeras vidas. Ele permite
calcular a quantidade de vírus no sangue do paciente, além de fazer o controle
do tratamento com antirretrovirais, usados no tratamento da Aids. “Quando este
controle é adequado, detecta partículas virais, de maneira ideal”, afirma. O
jornal também ouviu alguns pacientes. “Um ex-usuário de drogas desempregado, de
37 anos, fez o exame há quatro meses e considera absurda a situação, já que,
segundo ele, o número de infectados tem aumentado no país. ‘Sou uma parte da
estatística que infelizmente tem crescido. O mínimo que quero é uma melhor
qualidade de vida’, diz”.
Ainda
de acordo com o jornal, ativistas ligados a ONGs de direitos humanos prometem
reagir a mais este retrocesso imposto pela quadrilha no poder. “Os programas
municipais precisam ser fortalecidos, mas muitos estão sem recursos ou quadros
para a continuidade de suas ações. A Aids continua sendo um problema grave de
saúde pública, precisamos de compromisso dos gestores para enfrentá-lo”, afirma
Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de ONG/Aids de São Paulo. Diante da
pressão, o Ministério da Saúde divulgou uma nota lacônica informando que
realizará nova compra do kit – só não disse quando. Já a Secretaria Municipal
da Saúde, do “jestor” João Doria, argumentou “não ter recebido os kits do
governo federal desde 30 de maio”. A crueldade dos golpistas é descarada.
Dane-se o ser humano!
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https://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/08/golpista-da-saude-paralisa-exames-de-hiv.html

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