Lula
comete o crime de liderar todas as pesquisas eleitorais.
Entre
os dias 14 e 15 de julho, o Datafolha realizou sondagem para a eleição de 2018.
O resultado é o mesmo encontrado em todas as pesquisas realizadas por
diferentes institutos de pesquisa: Lula mantém a preferência eleitoral, a
despeito da brutal agressão jurídica, política e midiática de que é vítima nas
24 horas do dia, nos 7 dias da semana e nos 365 dias do ano.
A
vida do Lula foi escarafunchada por inteiro, e não encontraram nada para
incriminá-lo. O justiceiro Moro, com aquela obsessão patológica de condená-lo,
chegou a cometer haraquiri funcional e praticar atropelos jurídicos que lhe
custariam a demissão do serviço público – como na tentativa frustrada de
seqüestro e prisão do ex-presidente abortada por autoridade aeronáutica em
Congonhas; e na gravação ilegal de conversas telefônicas da Presidente Dilma –,
mas não conseguiu produzir um único elemento jurídico para justificar uma ação
judicial.
As
acusações – algumas inclusive dizem respeito a familiares e amigos, mas não a
ele – podem ser discutíveis desde uma perspectiva moral e ética, porém carecem
totalmente de fundamentos jurídicos e legais. Em relação a esses episódios de
índole moral, é óbvio que seria preferível que o Lula agisse como o Pepe
Mujica, ex-presidente uruguaio que é uma inspiração revolucionária de militante
de esquerda – mas Lula não é o Mujica, e o Mujica não é o Lula.
Lula
é a pessoa mais perseguida e vilipendiada no Brasil. Na história do país, é
difícil encontrar liderança política que tenha sido caçada e ofendida como ele.
Apesar de tamanha vilania, devido à sua obra, Lula é significado no imaginário
do povo pobre e da classe trabalhadora de maneira quase mítica.
A
resistência do ex-presidente mais popular da história do Brasil é um pecado; é
uma heresia que afronta o dogma do poder conspirador da mídia. E é, em razão
disso, um indicador de que a direita deverá empreender ataques mais violentos
para destruí-lo.
Nas
sedes do Judiciário e do Ministério Público em Curitiba e Brasília, no Palácio
do Planalto, em determinados gabinetes do STF, em certas delegacias da PF, num
luxuoso apartamento de Higienópolis e nos estúdios de TV do Jardim Botânico,
devem estar sendo arquitetadas as novas investidas para atingir Lula
mortalmente.
Eles
precisam desesperadamente fabricar um crime que caiba no figurino do Lula, não
importa se ao custo de uma ofensa ao Estado Democrático de Direito e à
Constituição.
Eles
farão de tudo para prendê-lo, mesmo de maneira injusta e ilegal. Por absoluta
falta de motivos, e como não conseguirão prendê-lo, tentarão cassá-lo
politicamente, impedindo sua candidatura para retornar à Presidência do Brasil
na eleição de 2018.
O
golpe de Estado perpetrado através da farsa do impeachment não autoriza
ilusões: a direita cada vez mais fascista não hesita em lançar mão de recursos
totalitários, se isso for indispensável para concretizar seus interesses estratégicos.
Tirar Lula do caminho a qualquer preço é um imperativo para conseguirem
implantar os objetivos do golpe no médio e longo prazo.
Nesta
circunstância, poderão incendiar o país. É totalmente imponderável a reação que
o povo brasileiro terá diante da tentativa de martírio do seu maior símbolo.
Lula
é como massa de pão: quanto mais se bate, mais ele cresce, fazendo crescer
junto a consciência e a resistência democrática e popular.
http://jornalggn.com.br/noticia/o-crime-do-lula-por-jeferson-miola
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